(ANSA) - A Itália expressou "forte contrariedade" ao plano de emergência da União Europeia para gerenciar a crise no fornecimento do gás natural russo, informam fontes diplomáticas nesta sexta-feira (22) à ANSA.
O principal ponto do texto é a redução voluntária em 15% no consumo do combustível fóssil entre agosto e março em cada país-membro do bloco e o mesmo percentual de maneira obrigatória em caso da ativação do "nível de alerta".
Segundo as fontes, Roma não concorda com percentual ser igual para todas as nações e destaca que deve haver um debate sobre esses níveis de corte. O posicionamento seria também de outras nações do bloco.
Nesta sexta-feira, há uma reunião dos embaixadores dos 27 Estados-membros e não se descarta a possibilidade de já haver mudanças no plano apresentado pela Comissão Europeia na última quarta-feira (20).
Além disso, há uma insatisfação dos países sobre o poder dado à Comissão para "convocar" um nível de alerta obrigatório. Para eles, essa decisão deveria ser tomada apenas pelo Conselho Europeu.
A República Tcheca, que está na presidência rotativa do bloco, pretende fechar as alterações e emendas no texto oficial até a terça-feira (26), quando haverá uma reunião do Conselho de Assuntos sobre Energia. Para ser aprovado, o plano precisa ter a aprovação da maioria, o que equivale a no mínimo países que representem 65% da população do bloco.
O documento foi preparado para enfrentar a crise energética provocada pela guerra na Ucrânia. Como a UE aplicou uma série de sanções contra a Rússia, Moscou tem controlado, diminuído ou até cortado o fluxo de gás para uma série de nações europeia. A ideia do plano é ter uma resposta conjunta da UE como ocorreu na pandemia de Covid-19 na compra de insumos, vacinas e medicamentos. (ANSA).