União Europeia

Após calor intenso, temporais devem atingir Itália nesta semana

Estudo ainda mostra alta de 170% nos incêndios em 2022

Itália deve ter semana com temperaturas amenas

Redazione Ansa

(ANSA) - Após as semanas consecutivas de dias com calor recorde, o anticiclone que afeta grande parte do território italiano deve perder força e, com isso, provocar um aumento de chuvas e tempestades nas regiões central e norte da Itália, informa o portal ilMeteo nesta segunda-feira (25).

A partir dessa terça-feira (26) e, ao menos, até o próximo dia 29, o calor dará um trégua. O sul, por sua vez, não terá temporais, mas temperaturas um pouco mais baixas. Tornados não estão descartados em áreas litorâneas.

O centro de monitoramento de riscos da Lombardia, região onde fica a cidade de Milão, aplicou um "alerta amarelo" por conta das mudanças no clima. Conforme o ilMeteo, a temperatura pode cair até 5°C na média.

Incêndios

Outro efeito das constantes ondas de calor que atingem a Itália é o aumento nos incêndios por todo o território. Segundo um estudo da maior confederação de agricultores do país, a Coldiretti, há um aumento de 170% na quantidade de incidentes do tipo em 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado.

De acordo com o documento, o fogo se propagou destruindo bosques, florestas e áreas de plantio por conta da grande quantidade de dias com temperaturas de cerca de 40°C, da seca extrema que atinge grande parte do território e diminuiu praticamente pela metade as chuvas para o período e "da mão criminosa do homem".

A Coldiretti alerta que leva, ao menos, 15 anos para que o verde retorne para as áreas destruídas - isso se não houver novos incêndios - e que cada hectare destruído gera um prejuízo de 10 mil euros entre os custos para o combate às chamas e a perda no longo prazo por conta da destruição do local.

"Se, certamente, o espalhamento das chamas é favorecido pelo clima anômalo de 2022, que se classifica até o momento como o ano mais quente da história com uma temperatura superior a 0,76°C do que a média histórica, preocupa também a desatenção e ação do homem com uma estimativa que aponta que 60% dos incêndios são causados de maneira voluntária", diz a federação. (ANSA).
   

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