União Europeia

Senado da Itália barra paridade de gênero em documentos

Norma não atingiu quórum mínimo para ser aprovada

Plenário do Senado da República da Itália, em Roma

Redazione Ansa

(ANSA) - O Senado da Itália barrou nesta quarta-feira (27) uma proposta para introduzir a paridade de gênero nas comunicações institucionais da casa.

A iniciativa recebeu 152 votos favoráveis e 60 contrários, além de 16 abstenções, mas ficou abaixo da maioria absoluta necessária para esse tipo de votação (161 de um total de 321).

A medida havia sido proposta pela senadora Alessandra Maiorino, do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), e previa a introdução de uma "linguagem inclusiva" no regulamento interno no Senado.

O texto delegava à presidência da casa a tarefa de "estabelecer os critérios gerais a fim de que fosse assegurado o respeito à distinção de gênero na linguagem da comunicação institucional, por meio de fórmulas e terminologias que prevejam a presença de ambos os gêneros e das relativas distinções morfológicas".

Em outras palavras, a proposta estabelecia que o uso do masculino como forma de generalização fosse substituído pela utilização conjunta com o feminino, "no respeito do princípio de paridade entre homens e mulheres".

"O Senado perdeu hoje uma grande ocasião para tornar a linguagem institucional mais inclusiva e paritária", afirmou o M5S. "Se essa é uma antecipação do novo Parlamento, temos mais um motivo para lutar com força", reforçou a senadora de centro-esquerda Monica Cirinnà, do Partido Democrático (PD).

A votação foi secreta, mas o PD e o M5S atribuem a derrota da proposta aos partidos de direita, que são favoritos nas eleições antecipadas de 25 de setembro. (ANSA)

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