União Europeia

Itália autoriza quarentena para casos de varíola dos macacos

Isolamento pode ser indicado em casos 'específicos' de surto

Itália soma mais de 500 casos de varíola dos macacos

Redazione Ansa

(ANSA) - O Ministério da Saúde da Itália publicou uma nova circular sobre a gestão da crise sanitária da varíola dos macacos nesta terça-feira (2) e autorizou que, em situações específicas, pode haver a indicação de quarentena para os infectados.

"Em contextos ambientais e epidemiológicos específicos, com base na avaliação das autoridades sanitárias, poderá ser pedida a aplicação de medidas de quarentena. Os contatos próximos devem ser identificados o quanto antes e informados de sua exposição e do risco de desenvolver a infecção", diz o documento.

Além disso, é solicitado que essas pessoas evitem "doar sangue, células, tecidos, órgãos, leite materno ou esperma" enquanto estiverem sendo monitorados.

Já nos casos de exposição de baixo risco "é possível adotar a vigilância passiva, autocontroles e informar o próprio médico de família". "Os contatos assintomáticos que controlam adequadamente e regularmente o seu estado podem continuar as atividades cotidianas de rotina como ir ao trabalho e frequentar a escola (a quarentena não é necessária)", especifica o texto.

A circular destaca que o automonitoramento deve consistir em medição da febre (ao menos duas vezes ao dia) e de outros sintomas como dor de cabeça e nas costas e a linfadenopatia (aumento palpável dos linfonodos). Além disso, é preciso verificar se há erupções cutâneas de causa desconhecida no corpo em até 21 dias depois da exposição.

É indicado abster-se de relações sexuais durante o mesmo período, manter a higiene das mãos e respiratória - cobrindo boca e nariz em caso de tosse ou espirro -, evitar contato com pessoas imunossuprimidas, crianças com menos de 12 anos e mulheres grávidas. Também é recomendado evitar contato nesse período com animas domésticos.

 "As autoridades sanitárias locais ainda poderão optar por excluir crianças em idade pré-escolar de ir para creches, escolas materna ou outros ambientes de grupo" em caso de contato próximo com algum infectado, diz ainda a circular, assinada pelo diretor-geral de Prevenção, Gianni Rezza.

 Ao todo, até o momento, a Itália registrou 505 casos da doença, sendo que 501 infectados eram homens. O país também já recebeu as primeiras doses da vacina contra a varíola dos macacos por meio da União Europeia. (ANSA).
   

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