(ANSA) - Em baixa nas pesquisas, o ex-ministro do Interior da Itália Matteo Salvini desafiou sua aliada Giorgia Meloni e garantiu que seu partido, a Liga, será o mais votado no campo conservador nas eleições de 25 de setembro.
Salvini e Meloni integram uma coalizão que é favorita para obter maioria no Parlamento, mas o partido da deputada, o Irmãos da Itália (FdI), de ultradireita, aparece na liderança das pesquisas, o que a coloca como principal candidata ao posto de premiê.
"Acredito que a centro-direita [como a coalizão é chamada na Itália] terá uma boa maioria na Câmara e no Senado, e, na centro-direita, a Liga terá a maior votação", afirmou Salvini, que perdeu sua hegemonia no campo ultranacionalista para Meloni.
A declaração foi dada durante uma visita ao centro de acolhimento de Lampedusa, principal palco da crise migratória no Mediterrâneo, tema que é um dos maiores cavalos de batalha do ex-ministro do Interior.
Tanto ele quanto Meloni prometem endurecer as políticas migratórias da Itália e barrar a entrada de migrantes salvos no mar, porém Salvini deixou o campo da oposição livre para a deputada ao passar o último um ano e meio na base de apoio a Mario Draghi.
O ex-ministro do Interior ainda foi um dos algozes do premiê, ao fazer a Liga boicotar um voto de confiança no Senado, mas essa mudança de postura ainda não serviu para reverter sua perda de apoio popular.
De acordo com a última pesquisa realizada na Itália, pelo instituto SWG, a Liga aparece com 12,4% das intenções de voto, oscilação negativa de 1,6 ponto em relação a duas semanas atrás.
Já o FdI oscilou positivamente de 23,8% para 24,2%, aparecendo em empate técnico com o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, que passou de 22,1% a 23,7%.
Além de Liga e FdI, a coalizão conservadora inclui o moderado Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, com 7,5% dos votos. Os três partidos já concordaram que caberá ao mais votado a incumbência de indicar o próximo primeiro-ministro, caso a coalizão confirme as previsões de obter maioria no Parlamento.
A aliança conservadora também deve formalizar nos próximos dias seu programa de governo para as eleições. Segundo um rascunho visto pela ANSA, o documento se baseia em 15 pontos e tem propostas como presidencialismo, aumento da autonomia das regiões, promoção das "raízes judaico-cristãs da Europa" e combate à "imigração ilegal". (ANSA)
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