(ANSA) - A Itália lembrou neste domingo (14) os quatro anos da queda da Ponte Morandi, em Gênova, em incidente que deixou 43 mortos, 11 feridos e 566 desabrigados em 14 de agosto de 2018.
Uma missa foi celebrada na cidade pelo arcebispo Marco Tasca em memória das vítimas e por seus familiares. Participaram do evento presencial o ministro de Infraestrutura, Enrico Giovannini, o prefeito de Gênova, Marco Bucci, e o líder da Liga, Matteo Salvini. Após a celebração religiosa, um evento sob a nova Ponte San Giorgio foi realizado também para lembrar dos que morreram na tragédia.
O presidente da Itália, Sergio Mattarella, enviou uma mensagem à cidade para marcar a data.
"No quarto aniversário da queda da Ponte Morandi renova-se a dor da tragédia que atingiu 43 vítimas. Uma ferida que não pode ser curada, um sofrimento que não conhece o esquecimento, uma solidariedade que não falha. Um drama que marca a vida da República e para o qual o judiciário está devidamente apurando as responsabilidades. Renovo, sobretudo, aos familiares, obrigados a viverem a maior dor, a mais intensa solidariedade da nossa comunidade nacional", escreveu o mandatário.
Quem também se manifestou por meio de nota enviada a Bucci foi o primeiro-ministro, Mario Draghi, que afirmou que "a dor por essa terrível memória se associa a uma convicção: o Estado deve fazer todo o possível para que tragédias similares não ocorram nunca mais".
"Precisamos garantir a segurança das nossas infraestruturas, proteger a vida dos cidadãos. Isso é a credibilidade da Itália e das instituições. No quarto aniversário da queda da Ponte Morandi, quero renovar a mais sentida proximidade do governo e minha pessoal aos parentes das vítimas, aos feridos e a todos os genoveses", acrescentou.
Em 7 de julho deste ano, começou o julgamento de 59 réus acusados de terem responsabilidade na queda da ponte. Entre os que estão respondendo à justiça, estão ex-dirigentes da empresa Austoestrade per l'Italia (Aspi), que detinha a concessão da Ponte Morandi e era controlada pela família Benetton, mas que foi reestatizada pela Itália por conta da tragédia, e da Spea, a empresa responsável pela manutenção da via. (ANSA).