(ANSA) - O Ministério do Interior da Itália divulgou nesta segunda-feira (15) seu relatório anual de crimes no país e apontou que 125 mulheres foram vítimas de feminicídio entre 1º de agosto de 2021 e 31 de julho de 2022.
O número, que equivale praticamente a um assassinato a cada três dias, foi majoritariamente cometido em âmbito familiar ou afetivo (108) e, em particular, executado por parceiros ou ex-companheiros (68).
O relatório aponta aumento na quantidade desses crimes quando comparados ao período igual entre 2020 e 2021. Na época, foram 108 os feminicídios em todo o país.
As mulheres representam ainda 39,2% de todas as vítimas de homicídio no país, que também teve aumento na comparação aos 12 meses anteriores: foram 319 assassinatos do tipo entre 2021 e 2022 contra 276 no período 2020-2021.
O dossiê do Ministério do Interior ainda apontou que caíram as denúncias por stalking - de 18.653 para 15.817, mas aumentaram os chamados de alerta para delegacias - de 2.565 para 3.100 -, sendo que mais metade deles eram por denúncias de violência doméstica.
Outros crimes
O relatório ainda fez uma análise geral de todos os crimes reportados entre 2021 e 2022, que totalizaram 2.116.479 - alta em relação ao período anterior, que englobou as restrições sanitárias mais pesadas por conta da pandemia de Covid-19.
Entre os principais dados, estão 24.644 crimes de sequestros, 900 mil furtos e quase 150 mil pessoas detidas. Foram registrados no período 8.814 ataques cibernéticos (+78,5%), com 236 prisões e 8.078 pessoas denunciadas.
Já os crimes de pedofilia online registraram queda nas denúncias (1.212), mas alta nas prisões (150).
Foram ainda realizadas 82 operações contra organizações mafiosas por todo o país, com a prisão de 48 fugitivos considerados "relevantes" - incluindo "dois de máxima periculosidade". Os bens sequestrados dos mafiosos foram 7.752, com valor total de 2,3 milhões de euros, alta de 21,6% na comparação com 2020-2021. (ANSA).