(ANSA) - Subiu para 662 o número de casos confirmados de varíola dos macacos na Itália.
O boletim divulgado nesta terça-feira (16) pelo Ministério da Saúde traz um aumento de 18 contágios em relação ao balanço anterior, publicado há quatro dias.
De acordo com o governo, 652 pessoas já infectadas pelo vírus no país são homens, e 10, mulheres. Pelo menos 185 casos estão ligados a viagens ao exterior, e a região com o maior número de contágios é a Lombardia, com 291, seguida por Lazio (121), Emilia-Romagna (70) e Vêneto (46).
Essas quatro regiões foram definidas como prioritárias no programa nacional de vacinação contra a varíola dos macacos, que começou em 8 de agosto.
A campanha é voltada a funcionários de laboratório com possível exposição direta ao Orthopoxvirus (gênero de vírus causadores da varíola), pessoas gays, transgênero, bissexuais e homens que tiveram relações sexuais com homens.
Dentro dessas categorias, serão priorizados indivíduos que tenham tido um ou mais dos seguintes comportamentos: relações sexuais com mais de um parceiro nos últimos três meses, participação em eventos de sexo de grupo, participação em encontros sexuais em clubes e saunas, infecção sexualmente transmitida no último ano e hábito de consumir drogas químicas durante atos sexuais.
O imunizante usado é o Jynneos, desenvolvido inicialmente para combater a varíola humana, doença erradicada no mundo desde 1980.
A varíola dos macacos pode ser transmitida por gotas de saliva e por contato com fluidos corporais e lesões cutâneas, inclusive durante relações sexuais. Já os sintomas são semelhantes aos da varíola humana: febre, dores musculares e bolhas na pele, embora de forma mais leve.
O nome "varíola dos macacos" se deve ao fato de o vírus ter sido descoberto em colônias de símios, em 1958. Atualmente, acredita-se que os roedores sejam os principais hospedeiros do patógeno.
No último dia 23 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como "emergência de interesse internacional", seu mais alto nível de alerta. (ANSA)
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