União Europeia

Itália revoga honrarias entregues a 10 russos

Revogação ocorreu por 'indignidade' dos premiados

Grushko foi um dos nomes que perderam a honraria italiana

Redazione Ansa

(ANSA) - A Itália revogou 10 honrarias e prêmios de reconhecimento a cidadãos russos homenageados pelo país no passado por eles apresentarem "indignidade", revela a imprensa italiana nesta terça-feira (23).

A medida é mais uma ação por conta da invasão da Rússia na Ucrânia, já que vários dos nomes estão nas listas de sancionados pela União Europeia.

Entre os nomes que tiveram os reconhecimentos retirados, e que foram publicados em três decretos entre os dias 8 e 20 de agosto, estão dois vice-ministros de Relações Exteriores da Rússia: Alexander Viktorovich Grushko, nomeado há menos de um ano como Grande Oficial da Ordem da Estrela da Itália, e Evghenyj Sergheevich Ivanov, nomeado como Cavalheiro da Ordem da Estrela da Itália.

Outro nome de peso que perdeu a honraria foi o vice-presidente da Câmara Baixa do país, conhecida como Duma, Alexey Vasilyevich Gordeev.

Ainda constam a revogação da honorificência de Comendador da Ordem da Estrela da Itália para Alexander Valeryevich Dyukov, CEO da Gazprom Neft, a filial petrolífera da Gazprom e presidente da Federação de Futebol Russa; ao oligarca Andrey Igorevich Melnichenko, grande acionista de estatais e que teve recentemente um iate de 530 milhões de euros bloqueado pelas autoridades em Trieste; Kirill Alexandrovich Dmitriev, CEO do Russian Direct Investment Fund; Dmitry Vladimirovich Konov, que até alguns meses atrás era líder de uma empresa petroquímica russa; Herman Oskarovich Gref, CEO do Sberbank e ex-ministro da Economia e Comércio; Oleg Valentinovich Belozyorov, CEO das Ferrovias Russas; e Alexander Nikolaevich Shokhin, líder da União Russa dos Industriais e Empreendedores.

As comandas da Ordem da Estrela da Itália estão entre as principais honrarias do Estado italiano e são dadas para pessoas civis que atuam em prol da "promoção das relações de amizade e de colaboração entre a Itália e outros países". (ANSA).
   

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