(ANSA) - A Geleira dei Forni, a segunda maior da Itália e a maior do Parque Nacional dello Stelvio, diminuiu cerca de 400 metros nos últimos 10 anos, informou a ONG Legambiente nesta sexta-feira (26). Só no último ano, essa redução foi de 40 metros e estima-se que em 2022 serão perdidos mais 50 metros.
As informações constam no relatório da terceira etapa da Caravana das Geleiras, uma missão anual feita pela ONG em parceria com o Comitê Italiano de Glaciologia para verificar a situação dessas formações no país.
Conforme a Legambiente, a geleira "está em um forte estado de sofrimento por causa da crise climática" e vive "uma situação alarmante, que atinge também outras geleiras do Parque, e que pode fazê-la sobreviver só por conta de sua grande dimensão".
A geleira está cada vez mais "vestida de preto" por conta do chamado "black carbon", que são as marcas escuras nas partes mais altas provocadas por fuligem, poluição, cinzas referentes a incêndios florestais e os microplásticos.
Além disso, a dei Forni está perdendo sua característica "himalaiana" por conta da fragmentação dos seus três corpos glaciais, com a abertura de "janelas de rocha" com evidente queda de partes do bloco e uma "acentuada instabilidade" das partes laterais provocada pelo rebaixamento da superfície glacial.
A Legambiente informa ainda que por conta do derretimento do corpo glacial, o escoamento e transporte de partes sólidas aumentam e provocam a criação de uma planície proglacial - que era inexistente até 2021 - chamada de "sandur", onde são depositados cascalho e areia.
"O que observamos na geleira dei Forni é a imagem de um gigante de gelo que está ofegante, sufocado pelas mudanças climáticas. Enegrecido, desmoronado e cheio de fendas: é um grande sofrimento para esse ser que parece estar vivo", disse a responsável nacional para os Alpes da ONG e coordenadora da campanha, Vanda Bonardo. (ANSA).
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