União Europeia

Itália vai às urnas neste domingo para renovar Parlamento

Mais de 50 milhões de pessoas têm direito a voto

Redazione Ansa

(ANSA) - A Itália vai às urnas no próximo domingo (25) para as eleições parlamentares antecipadas que definirão o futuro primeiro-ministro do país.

Previsto inicialmente para 2023, o pleito foi antecipado em um semestre devido à renuncia do premiê Mario Draghi, líder de um governo de união nacional e que teve de entregar o cargo após ter perdido o apoio de parte de sua base.

Os eleitores chamados às urnas totalizam cerca de 50,87 milhões, sendo que aproximadamente 4,7 milhões vivem no exterior e tiveram até a última quinta (22) para enviar seus votos pelos correios.

Considerando apenas os eleitores que moram na Itália, 51,74% são mulheres, e 48,26%, homens. O eleitorado ainda inclui 2,7 milhões de jovens que chegaram à maioridade recentemente e poderão votar pela primeira vez para o Parlamento, inclusive para o Senado - ate as últimas eleições, apenas maiores de 25 anos podiam eleger senadores.

A Lombardia detém o maior colégio eleitoral, com 7,5 milhões de pessoas, enquanto o Vale de Aosta está no outro extremo, com 98,2 mil.

Serão 61.566 locais de voto espalhados por todo o país (a maior parte deles em escolas), e as urnas ficam abertas entre 7h e 23h (entre 2h e 18h no horário de Brasília).

Candidaturas

Mais de 6,3 mil candidatos disputam 400 vagas na Câmara e 200 no Senado, o que significa uma redução de um terço nos assentos devido a uma reforma constitucional aprovada em 2020.

Desse total, 12 serão eleitos pelos italianos no exterior, sendo três (dois deputados e um senador) no colégio da América Meridional, que inclui o Brasil - o bicampeão de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi e o ex-embaixador Andrea Matarazzo são candidatos ao Senado.

Como a Itália adota o regime parlamentarista, caberá ao partido ou coligação mais votada a incumbência de formar o próximo governo e indicar um novo primeiro-ministro.

Segundo as últimas pesquisas, divulgadas em 9 de setembro, a coalizão formada pelos partidos de extrema direita Irmãos da Itália (FdI), de Giorgia Meloni, e Liga, de Matteo Salvini, e pelo conservador Força Itália (FI), de Silvio Berlusconi, é favorita para obter maioria no Parlamento, com o FdI na liderança.

Se esse resultado se confirmar, Meloni, de 45 anos, se tornará a primeira mulher premiê na história da Itália. Sua principal adversária é a coalizão de centro-esquerda encabeçada pelo ex-primeiro-ministro Enrico Letta, que tenta mobilizar os jovens para reduzir o favoritismo da direita. (ANSA)

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