(ANSA) - Os principais líderes políticos da Itália foram às urnas na manhã deste domingo (25) para votar nas eleições parlamentares antecipadas que definirão o primeiro-ministro do país e incentivaram os cidadãos a exercerem o direito de voto.
O ex-ministro do Interior e líder do partido de extrema-direita Liga, Matteo Salvini, votou em Milão na seção da via Pietro Martinetti. Ao deixar o colégio eleitoral, ele disse aos repórteres que passará o dia de votação com sua filha na fazenda.
"Conto que a Liga é a força parlamentar no pódio, primeira, segunda ou terceira no máximo", declarou Salvini.
Questionado se o quarto lugar seria uma derrota, ele respondeu: "Jogo para ganhar, não para participar".
Já o líder do partido Itália Viva (IV), Matteo Renzi, registrou seu voto em uma escola em Florença, acompanhado de sua esposa, Agnese Landini, e de Francesco Bonifazi, senador cessante do IV e candidato.
"Nós votamos. Você também, qualquer que seja sua opinião política. A democracia se nutre do compromisso de todos. Viva a República, viva a Itália", escreveu Renzi, após votar.
Agora, o ex-premiê da Itália viajará para Tóquio, onde participará do funeral do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado em julho passado durante um comício eleitoral.
Por sua vez, o secretário do Partido Democrático (PD), Enrico Letta, votou esta manhã no instituto De Amicis/Cattaneo, na via Galvani, no bairro de Testaccio, em Roma.
O líder da esquerda preferiu posar em silêncio perante à imprensa e limitou-se a um "bom dia" e a tirar uma fotografia com algumas das pessoas que votaram na mesma escola.
O presidente da legenda de centro Ação, o ex-ministro do Desenvolvimento Econômico Carlo Calenda, votou em Roma junto com sua esposa Violante Guidotti Bentivoglio e incentivou os cidadãos italianos a fazer o mesmo.
"Vote, vote livremente, sem condicionamentos e sem medo. A Itália é sempre mais forte do que quem a quer fraca", disse ele.
O ex-primeiro-ministro da Itália Giuseppe Conte também já votou nas eleições deste domingo que tem a coalizão de centro-direita como favorita.
Por fim, a presidente do Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, votará no fim do dia, em Roma, no encerramento das urnas, em vez desta manhã como originalmente planejado.
Segundo sua equipe, a escolha foi feita pela necessidade de permitir um voto pacífico aos eleitores, tendo em vista que a seção eleitoral está repleta de fotógrafos e de apoiadores, o que não teria permitido aos cidadãos exercer o seu direito de voto com a calma necessária.
"Hoje você pode ajudar a escrever a história. Nós escrevemos história juntos", escreveu Meloni em suas redes sociais. (ANSA).