(ANSA) - A líder do partido Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, provável nova premiê da Itália, terá uma agenda intensa de compromissos internacionais caso seu cargo seja confirmado conforme as expectativas.
A posse dos novos eleitos deve ocorrer no dia 13 de outubro, data em que serão escolhidos os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado. Então, o chefe de Estado, Sergio Mattarella, começará as consultas com os partidos para a formação do novo governo.
A expectativa é que Meloni receba a missão de fazer essa formação - apesar do FdI não ter maioria no Parlamento, sua coalizão de direita com o Força Itália e a Liga darão essa superioridade numérica. Após alguns dias, a líder ultranacionalista apresentará a sua lista de ministros e, até 10 dias depois da nomeação definitiva, o governo passará pela votação de confiança.
Se tudo ocorrer sem grandes reviravoltas ou surpresas, o primeiro compromisso internacional de Meloni será a participação na cúpula do G20 na Indonésia, que será realizada entre os dias 15 e 16 de novembro e que terá como tema principal assuntos relacionados à guerra na Ucrânia e as sanções contra a Rússia.
Durante o encontro, a possível nova premiê italiana poderá ter um encontro bilateral com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, após um dos principais aliados de Meloni, Adolfo Urso, ter feito uma viagem a Washington para garantir a linha "pró-Otan e pró-EUA" do FdI - se afastando de sua proximidade com a Rússia existente no passado.
Uma outra missão internacional, anunciada por fontes do partido antes da votação, mas ainda não oficial, é uma viagem para Londres para se reunir com o governo britânico para falar sobre os planos do governo e dar garantias a investidores.
Outro compromisso ainda em 2022 é a reunião de líderes da União Europeia, marcada para 15 e 16 de dezembro, que marcaria a estreia europeia da nova premiê no bloco e uma prova de fogo sobre as críticas que lembram de seu passado eurocético.
Além disso, será uma clara indicação se a Itália continuará a permanecer do lado dos principais aliados no bloco - França e Alemanha - ou se haverá uma deriva para governos ultranacionalistas, como Hungria e Polônia. (ANSA).