(ANSA) - O premiê demissionário da Itália, Mario Draghi, telefonou nesta quinta-feira (29) para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e garantiu que seu país não vai reconhecer as áreas anexadas unilateralmente pela Rússia - em cerimônia que ocorrerá em Moscou nesta sexta-feira (30).
"A conversa se concentrou nos últimos desenvolvimentos da situação no terreno e nos 'referendos' ilegais da Federação Russa nas áreas ocupadas do Donbass, de Kherson e de Zaporizhzhia. O presidente [do Conselho de Ministros] assegurou que a Itália não reconhecerá o êxito dos 'referendos' e confirmou o apoio contínuo por parte do governo italiano às autoridades e à população ucraniana em todos os âmbitos", diz a nota divulgada pelo Palácio de Chigi.
Por sua vez, Zelensky destacou que debateu uma "reação" aos referendos feitos pela Rússia.
"Durante o diálogo com o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, discutiu-se também a necessidade de uma decidida reação a realização dos falsos referendos por parte da Rússia nos terrenos ocupados", escreveu em suas redes sociais.
Zelensky ainda afirmou que deu informações "sobre o desenvolvimento no fronte" e houve uma "troca em pontos de vista sobre as possibilidades de uma nova assistência na Defesa pela Itália".
Desde o início da invasão russa na Ucrânia, em fevereiro, Draghi tem sido uma das principais vozes dentro da União Europeia na defesa de Kiev e na imposição de sanções contra Moscou por conta da guerra.
A provável nova chefe de governo, a líder ultranacionalista Giorgia Meloni, do Irmãos da Itália (FdI), também já se comprometeu publicamente em continuar dando apoio ao governo e à população ucraniana.
Alta honraria
Durante o telefonema, Zelensky informou ainda que dará a Draghi a honraria Primeira Classe da Ordem do Príncipe Yaroslav, o Sábio, uma das mais altas honorificências de Kiev.
A informação foi divulgada pelo governo italiano.
"Estou honrado e comovido por essa honraria. Ficarei feliz de poder recebê-la das suas mãos em Kiev, quando ficar livre dos meus compromissos institucionais", disse o primeiro-ministro italiano. (ANSA).
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