União Europeia

Meloni condena anexação de regiões ucranianas por Putin

Redazione Ansa

(ANSA) - A deputada de extrema direita Giorgia Meloni, vencedora das eleições parlamentares na Itália, criticou nesta sexta-feira (30) a anexação de quatro províncias ucranianas pela Rússia.

Segundo a futura premiê italiana, a medida formalizada pelo regime de Vladimir Putin "não tem qualquer valor jurídico ou político" e é resultado de "referendos falsos organizados sob violenta ocupação militar".

"Putin demonstra mais uma vez sua visão neoimperialista de caráter soviético, que ameaça a segurança de todo o continente europeu. Essa nova violação das regras de convivência entre as nações por parte da Rússia confirma a necessidade de união das democracias ocidentais", diz Meloni em um comunicado.

Putin anexou as províncias de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, e Kherson e Zaporizhzhia, no sul, embora seus territórios estejam apenas parcialmente sob controle de Moscou.

Os referendos realizados pelos líderes pró-Rússia dessas quatro regiões não são reconhecidos pela comunidade internacional e podem ser usados como desculpa para o Kremlin empregar armamentos mais pesados para frear a contraofensiva ucraniana.

Perto de se tornar a primeira mulher a governar a Itália, Meloni já garantiu que vai manter a política de Mario Draghi em relação à Ucrânia, com apoio incondicional - inclusive militar - a Kiev.

No entanto, seus aliados na coalizão vencedora das eleições, Matteo Salvini e Silvio Berlusconi, defendem uma postura mais branda. O segundo é amigo de longa data de Putin, enquanto o primeiro quer o fim das sanções europeias contra o Kremlin. 

Governo -

A crise energética é o verdadeiro teste do futuro executivo, e Meloni já teve que se posicionar sobre o tema muito delicado que reúne relações e equilíbrios com a Europa, com a Rússia, com os parceiros europeus, a começar pela Alemanha, e com empresas italianas.

A deputada também trabalhou em Montecitorio com o Irmãos da Itália para compor os difíceis quebra-cabeças dos cargos governamentais.

Paralelamente, Silvio Berlusconi e Matteo Salvini se encontraram em Arcore, onde o vice-presidente do Força Itália (FI), Antonio Tajani, ressaltou que "o futuro primeiro-ministro decidirá". (ANSA)

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