(ANSA) - Derrotado nas eleições de 25 de setembro, o Partido Democrático (PD), principal força de centro-esquerda na Itália, reuniu sua direção nesta quinta-feira (6), em Roma, para discutir o futuro da legenda.
Em um discurso durante o encontro, o ex-premiê Enrico Letta confirmou que vai deixar o cargo de líder do PD em breve e pediu espaço para as novas gerações.
"Agradeço aos que me pedem para ficar por mais tempo, mas acho que seria um erro para o partido. Comecei minha militância política ainda jovem, fui ministro já em 1998, e é justo que nosso partido coloque em campo uma classe dirigente mais jovem, capaz de desafiar o governo de Giorgia Meloni, uma mulher jovem", disse Enrico Letta, 56 anos.
Um dos mais cotados para substituí-lo é o governador da Emilia-Romagna, Stefano Bonaccini, apenas um ano mais jovem, porém com uma trajetória mais recente na política.
O PD, que governou a Itália entre 2013 e 2018 e participa da gestão de Mario Draghi, obteve apenas 19% dos votos nas eleições, resultado muito aquém do esperado, e será a principal força de oposição ao futuro governo da ultradireitista Meloni.
"Os eleitores nos deram mandato para ser a segunda força política e guiar a oposição, para construir uma alternativa partindo da oposição. Somos os únicos a ter construído uma alternativa política à direita, enquanto os outros fizeram campanha em alternativa a nós", acrescentou Letta.
O plano do ex-premiê é que a nova liderança assuma o PD ainda no início da primavera europeia, em março. "O congresso não deve ser um X-Factor, mas tampouco um congresso sempre adiado", afirmou. (ANSA)
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