União Europeia

Draghi diz que UE 'está se movendo' sobre crise de energia

Premiê italiano falou ainda sobre curiosidade em novo governo

Redazione Ansa

(ANSA) - O premiê demissionário da Itália, Mario Draghi, afirmou que as "coisas estão se movendo" na União Europeia para lidar com a crise de energia no bloco ao fim do encontro informal de líderes realizado nesta sexta-feira (7) em Praga, na República Tcheca.

"Sobre a energia, as coisas estão se movendo. A Comissão apresentará ao Conselho do dia 19 de outubro uma proposta na qual os três elementos - tentar diminuir os preços, ter um elemento no mecanismo de solidariedade e o início da reforma o mercado de eletricidade - estarão presentes", disse aos jornalistas após o encontro.

A reunião em Praga teve uma série de sugestões sobre a crise energética, inclusive, a imposição de um teto de preços para o gás natural vindo da Rússia, mas nada ficou definido - ao menos publicamente - sobre o tema.

Por sua vez, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que houve um "grande apoio" entre os líderes em fazer uma compra conjunta de gás natural, como ocorreu durante a pandemia de Covid-19 na busca por vacinas, e que os países "estão muito preparados" para enfrentar os próximos meses de frio.

"Depois de sete meses do início da guerra [na Ucrânia], estamos muito preparados para o inverno. Os nossos estoques estão em 90% hoje, 15% a mais do que no mesmo período do ano passado", afirmou Von der Leyen.

Novo governo e Ucrânia

Draghi também foi questionado sobre o novo governo italiano, que deve ser formado nas próximas semanas pelo bloco de direita, e sobre se tem algum temor com o novo Executivo.

"Quando há uma mudança de governo, há muita curiosidade, mas não preocupações. Há o respeito pela escolha dos italianos e curiosidade de saber qual será a evolução do governo. Mas, na política externa, a linha da Itália deve permanecer a mesma", afirmou.

O premiê italiano também falou sobre a guerra na Ucrânia e sobre a conferência para arrecadação de fundos que será realizada pela Alemanha, ressaltando que o encontro focará em um "plano de reconstrução" e que há "muita unidade" sobre o tema dentro do bloco europeu.

Já o presidente do turno da UE, a República Tcheca, informou que os países fecharam um acordo para fazer o treinamento de tropas ucranianas. (ANSA).
   

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