(ANSA) - A Confederação das Indústrias Italianas (Confindustria) fez um apelo neste sábado (8) para que o novo governo, que deve assumir suas funções nas próximas semanas, atue rapidamente nas questões econômicas por conta de uma "emergência nacional".
"Estamos às portas da posse de um novo governo que precisará acertar as contas com uma verdadeira emergência nacional. Essa é uma emergência que não atinge só as empresas e as indústrias, mas atinge a todos. Ações 'tapa buraco' não serão suficientes e nem mais possíveis: temos uma incerteza nos prazos, quanto isso durará? Uma hemorragia de recursos públicos não pode ser permitida", disse uma das líderes, Francesca Mariotti.
Para a entidade, uma das maiores da Itália, a economia italiana parou em julho após "seis trimestres consecutivos de crescimento" e de "superar o nível pré-pandemia". Entre os principais problemas que afetam o setor está o aumento nos preços da energia, visto em toda a Europa desde o ano passado e agravado pela guerra na Ucrânia.
"Os custos energéticos das empresas italianas estão estimados em aumentar em 110 bilhões de euros, na média, em 2022. A incidência dos custos energéticos no total dos produtos passou de 4,6% para 9,8%, um nível insustentável", informam os economistas da Confindustria.
Por isso, eles calculam que o crescimento do PIB italiano em 2023 será de zero, o que levará para uma "estagnação".
O novo governo italiano será formado pelo chamado bloco de direita, vencedor das eleições parlamentares antecipadas de 25 de setembro e liderado pela ultranacionalista Giorgia Meloni, do partido Irmãos da Itália (FdI).
A primeira sessão na Câmara dos Deputados da nova legislatura está marcada para 13 de outubro e, a partir de então, as consultas para a formação do novo governo com o presidente Sergio Mattarella serão iniciadas. (ANSA).