União Europeia

Meloni chama de 'inaceitáveis' anexações de Putin na Ucrânia

Em evento do espanhol Vox, líder ainda defendeu 'patriotas'

Redazione Ansa

(ANSA) - A líder do partido de extrema-direita Irmãos da Itália (FdI), Giorgia Meloni, voltou a condenar as anexações de quatro regiões ucranianas pela Rússia durante um evento do partido ultranacionalista espanhol Vox neste domingo (9).

"Na Ucrânia, a situação é grave depois da agressão russa e é inaceitável a tentativa de [Vladimir] Putin de anexar novas regiões à Rússia", afirmou por meio de uma participação em vídeo.

A fala de Meloni, provável nova premiê italiana, refere-se à anexação formalizada na última semana por Putin das regiões de Donetsk e Lugansk, na área do Donbass, e de Zaporizhzhia e Kherson, ao sul do país.

Durante sua apresentação, a líder do FdI afirmou ainda que os partidos ultranacionalistas "não são monstros" e que as pessoas "entendem isso". "Viva o Vox, viva a Itália, viva a Espanha, viva a Europa dos patriotas", acrescentou.

De passado eurocético, que garante não existir mais, Meloni ainda afirmou que a União Europeia precisa "ser mais corajosa perante aos grandes desafios e mais humilde quando se trata de enfrentar os nossos temas mais locais nos quais as políticas nacionais funcionam melhor".

"Agora mais do que nunca temos a missão de fazer de uma maneira que a Europa seja capaz de recuperar o controle de seu destino, de retomar o seu papel estratégico, incluindo a capacidade de refletir sobre suas fontes de fornecimento", acrescentou ainda cobrando soluções imediatas para a crise energética que afeta todos os países do bloco.

Sobre a conquista eleitoral no pleito do dia 25 de setembro, Meloni afirmou que a "vitória extraordinária do FdI e da centro-direita nos deu muito entusiasmo, mas também a grande responsabilidade de dar respostas imediatas aos italianos: estamos esperando os passos previstos pela Constituição, mas nos próximos dias teremos a possibilidade de formar um novo governo e não temos um minuto sequer a perder".

O novo governo italiano será formado pelo chamado bloco de direita, vencedor das eleições e liderado por Meloni - com a presença ainda da Liga e do Força Itália.

A primeira sessão na Câmara dos Deputados da nova legislatura está marcada para 13 de outubro e, a partir de então, as consultas para a formação do novo governo com o presidente Sergio Mattarella serão iniciadas oficialmente. (ANSA).
   

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