União Europeia

Itália pode substituir gás com renováveis, diz CEO da Enel

Pedidos por painéis fotovoltaicos triplicaram no 1º semestre

Pedidos de conexão de painéis fotovoltaicos triplicaram na Itália no primeiro semestre de 2023

Redazione Ansa

(ANSA) - O CEO da Enel, Francesco Starace, afirmou nesta terça-feira (11) que a Itália pode fazer a substituição do gás natural por fontes renováveis de energia em meio à crise no setor que afeta não apenas o país, mas toda a União Europeia.

"A Itália pode se livrar do gás utilizando as renováveis se forem usadas baterias e as redes digitais. A transição está sendo feita, está em andamento em todo o mundo e é inevitável. É um fato com o qual temos que nos alegrar e devemos ser protagonistas", disse Starace.

O líder da empresa italiana ainda afirmou que nos seis primeiros meses desse ano "os pedidos de conexões de painéis fotovoltaicos triplicaram na Itália em relação ao semestre precedente".

"Os cerca de 450MW, em média, instalados em um semestre, no primeiro semestre de 2022 foram 1200MW, e no fim do ano, teremos instalado 2,5 mil MW. Se dobrarmos esse número no ano que vem, chegaremos já aos cinco dos oito mil indicados no [plano] pelo ministro [Roberto] Cingolani", citando as metas estabelecidas pelo titular da pasta de Transição Ecológica até 2030.

Starace ainda destaca que essas opções de energia "sempre foram faladas" e que no passado, elas eram chamadas de "alternativas". "Mas, hoje elas são o presente e o futuro da geração elétrica no mundo. E isso acontece por questões econômicas, de necessidade e ambientais", pontua.

"E a isso ainda se junta o tema da segurança e as renováveis são usadas por muito mais sujeitos do que as energias tradicionais porque qualquer um pode fazer uma pequena central fotovoltaica. Itália é o país da tecnologia - mesmo que não sejamos conscientes disso", acrescentou.

A crise no setor de energia na Europa está sendo muito agravada por conta da guerra na Ucrânia, com a Rússia reduzindo ou até interrompendo o envio de gás natural para os países do bloco por conta das duras sanções impostas pela União Europeia pela invasão.

Desde fevereiro, quando o conflito eclodiu, os líderes do bloco e os governos nacionais vêm buscando novos fornecedores para diminuir a dependência russa no setor de gás e petróleo. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it