(ANSA) - O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse nesta quarta-feira (12) que espera que o novo governo da Itália não dê uma guinada pró-Rússia e mantenha sua posição de apoio à Ucrânia.
"Meu dever não é ocupar-me da política interna dos Estados-membros, mas está claro que essa dinâmica pode ter um impacto em nossa projeção externa", afirmou à ANSA o alto representante da UE para Política Externa.
"Espero que o novo governo italiano, no que diz respeito a temas de segurança e ao apoio à Ucrânia, mantenha a mesma posição do anterior. É muito importante que isso ocorra", acrescentou Borrell.
Vencedora das eleições de 25 de setembro, a deputada de extrema direita Giorgia Meloni deve tomar posse como premiê da Itália nas próximas semanas e já indicou que manterá a política externa de Mario Draghi, uma das vozes mais enfáticas na UE em defesa da Ucrânia.
No entanto, os dois principais aliados de Meloni, Silvio Berlusconi e Matteo Salvini, são acusados por adversários de conivência com o regime de Vladimir Putin. Enquanto o ex-premiê é amigo de longa data do presidente da Rússia, o ex-ministro do Interior defende a retirada das sanções contra Moscou.
Segundo Borrell, a política externa europeia depende da "coesão interna" do bloco. "Mas estou feliz que as declarações de quem parece destinada a ser a futura primeira-ministra caminhem nessa direção", ressaltou. (ANSA)
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