União Europeia

Direita confirma preocupações da Europa, diz ex-premiê da Itália

Coalizão de Meloni elegeu figuras controversas no Parlamento

O ex-premiê Enrico Letta, líder do Partido Democrático (PD)

Redazione Ansa

(ANSA) - Em visita a Berlim para um congresso de socialistas, o ex-primeiro-ministro da Itália Enrico Letta, líder do Partido Democrático (PD), afirmou neste sábado (15) que a coalizão liderada pela deputada de extrema direita Giorgia Meloni escolheu os "piores" nomes para presidir a Câmara e o Senado.

As duas casas serão chefiadas na próxima legislatura, respectivamente, por Lorenzo Fontana, expoente da legenda ultranacionalista Liga e conhecido por suas posições homofóbicas e pró-Putin, e Ignazio La Russa, do partido de extrema direita Irmãos da Itália (FdI) e nostálgico do fascismo.

"As escolhas que fizeram são as piores para enviar mensagens tranquilizadoras ao exterior. Elas dão uma mensagem que confirma as piores preocupações que circulam na Europa. Eu me pergunto qual será a lógica perversa que existe por trás dessas nomeações, que vão contra o interesse do país", disse Letta.

O ex-premiê, líder do principal partido de oposição a Meloni, acrescentou que a nova legislatura "começou da pior maneira possível", com uma "lógica incendiária" por parte dos vencedores das eleições.

"Quem venceu as eleições, ao invés de pacificar o país, o está dividindo. Quem semeia vento só pode colher tempestade", acrescentou.

Após a eleição de La Russa no Senado, a sede do FdI em Roma já foi pichada com uma estrela de cinco pontas e a palavra "antifa", em referência aos antifascistas, enquanto organizações LGBTQIA+ criticaram a vitória de Fontana, que é contra adoções por casais homoafetivos, na Câmara.

Em seu perfil no Twitter, Meloni disse neste sábado que seu compromisso é o de "unir o país", e "não dividi-lo, como alguns estão tentando fazer". (ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it