União Europeia

Mediadores entram em campo para reaproximar Meloni e Berlusconi

Divergências empacaram negociações para novo governo

Negociações expuseram divergências entre Meloni e Berlusconi

Redazione Ansa

(ANSA) - Mediadores entraram em ação para tentar refazer as pontes entre a futura primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e um de seus principais aliados, o ex-premiê Silvio Berlusconi, que chamou sua postura nas negociações para a formação do governo de "arrogante e ofensiva".

Os "pacificadores" são Gianni Letta, político próximo a Berlusconi e que não ocupa cargo público atualmente, e Ignazio La Russa, novo presidente do Senado e expoente do partido de ultradireita Irmãos da Itália (FdI), liderado por Meloni.

La Russa já foi ministro de Berlusconi e, durante a sessão que o elegeu como mandatário do Senado, teve de ouvir o ex-premiê mandá-lo "tomar no c...", postura que reflete a insatisfação com o espaço reservado por Meloni ao partido conservador Força Itália (FI) no futuro governo.

Letta e La Russa buscam reconstruir a relação entre a deputada e o senador, para que as negociações na coalizão de direita possam ser retomadas a pleno vapor.

Berlusconi já voltou para Milão após dois dias em Roma para a abertura da legislatura e, segundo aliados, ficou ainda mais irritado quando Meloni disse em plena televisão que ela não era "chantageável".

O ex-premiê não questiona a continuidade da aliança de direita, mas acredita que agora cabe à deputada ultranacionalista fazer uma proposta, após ela ter vetado Licia Ronzulli, aliada próxima de Berlusconi, em seu ministério.

Fontes do FdI, no entanto, afirmam que Meloni ficou muito "contrariada" com a postura do ex-primeiro-ministro e não parece disposta a fazer novas concessões - ela já prometeu quatro pastas para o Força Itália, incluindo Relações Exteriores.

Por sua vez, um membro influente da Liga, partido de Matteo Salvini que também compõe a coligação, mostrou otimismo com a pressão dos "governistas" sobre Berlusconi. "Até porque, não há outra escolha", disse. (ANSA)

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