(ANSA) - O Ministério do Desenvolvimento Econômico da Itália reconheceu a Associação Italiana de Influenciadores como o primeiro sindicato da profissão no país, uma ideia promovida por dois advogados, Jacopo Ierussi e Valentina Salonia.
A "Assoinfluencer" tem como objetivo "representar e proteger as instâncias e interesses de influenciadores e criadores de conteúdo, um 'exército' de 350 mil pessoas só na Itália, com um valor de mercado de 280 milhões de euros".
A iniciativa visa todos aqueles que, muitas vezes graças à criação e/ou compartilhamento de conteúdos nas redes sociais conseguiram conquistas um grande número de seguidores sobre os quais exercem um certo tipo de influência. Entre os mais conhecidos na Itália estão Khaby Lame, Chiara Ferragni, Fedez e Gianluca Vacchi.
Segundo nota no site oficial, a associação sem fins lucrativos foi formalmente incluída pelo Ministério do Desenvolvimento Econômico no rol das associações profissionais referidas na Lei nº. 4/2013.
Este é o primeiro sindicato que representará as diferentes figuras profissionais reconhecidas como influenciadores e criadores de conteúdo - de youtubers a podcasters, de streamers a instagrammers.
"O influenciador é uma nova figura que muda tão rapidamente quanto o mundo da mídia. Os criadores podem ser artistas e empreendedores, atletas e divulgadores, mas são sempre profissionais, capazes de produzir valor através de habilidades e ferramentas. E como profissionais, em um mercado ainda não regulamentado, o que faltou até agora é exatamente uma realidade que protegesse seus direitos e interesses", explicou Ierussi, fundador e presidente da associação.
O marketing de influenciadores é uma indústria em rápido crescimento, que já vale 14 bilhões de euros em todo o mundo, um valor que triplicou em apenas cinco anos. Também na Itália, o mercado está evoluindo rapidamente, registrando um crescimento de 15% em 2021 em relação ao ano anterior, segundo a elaboração do DeRev Lab.
De acordo com os dados apresentados no relatório "Brand & Marketer", do Observatório Nacional de Marketing de Influenciadores (Onim), mais de 50% das empresas italianas ativaram campanhas de marketing de influenciadores em 2021. Ou seja, mais da metade das empresas aposta na capacidade desses profissionais influenciarem o comportamento de compra de seus seguidores.
"Com o seu nascimento, pela primeira vez na Itália os criadores foram representados por uma associação sindical, testemunhando o crescente reconhecimento do seu profissionalismo e do seu papel no mundo da comunicação e do marketing", finaliza a nota oficial. (ANSA).