União Europeia

Draghi pede unidade e medidas rápidas sobre gás à UE

Premiê italiano participa de último Conselho Europeu

Draghi defendeu unidade do bloco europeu para enfrentar crise energética

Redazione Ansa

(ANSA) - O premiê demissionário da Itália, Mario Draghi, cobrou nesta quinta-feira (20) durante a reunião do Conselho Europeu que está sendo realizada em Praga, na República Tcheca, que a União Europeia aja de maneira rápida, mantendo a unidade e o mercado único na atual crise sobre o gás, informam fontes do encontro.

Segundo os representantes, o discurso do primeiro-ministro foi "muito claro".

Entre os pontos apresentados por Draghi, está ainda a "necessidade" de colocar rapidamente na mesa de negociações o teto de preço para o gás e a criação de um instrumento de solidariedade para a energia.

"Os Estados-membros devem ter uma capacidade de compra em comum para defender o 'level playing field'. Não é só uma questão de solidariedade, mas de salvaguardar o mercado interno", destacou aos demais líderes europeus.

As afirmações de Draghi estão em linha com o documento aprovado há dois dias pelo Colégio de Comissários do bloco no que tange a compra conjunta de gás e a ativação dos mecanismos de solidariedade já existentes para atenuar os efeitos da crise energética.

No entanto, a Itália é uma das principais defensoras da implementação rápida do chamado "teto de preços dinâmico" para o gás para evitar que especulações financeiras de mercado elevem abruptamente os valores de negociação do combustível fóssil.

Entre os países que se opõem à medida, estariam Alemanha e Países Baixos.

No texto aprovado pelos comissários, há apenas a informação de que serão implementadas "as bases" para a criação de mecanismos que permitem o funcionamento do "teto".

Zelensky

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falou por vídeo com os líderes da União Europeia reunidos em Praga e reforçou o pedido por apoio às sanções contra a Rússia.

"Qualquer um que peça o afrouxamento das sanções contra a Rússia ou busque afetar politicamente o mecanismo das sanções não só busca tornar imputável o terror russo e não só trai a memória das vítimas do terro, mas também torna toda a comunidade europeia dependente da potência mais antieuropeia do mundo de hoje. Prestem atenção a essas vozes na Europa: são contra a Europa", afirmou. (ANSA).
   

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