(ANSA) - A poucos dias de deixar o cargo, o primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, afirmou nesta quinta-feira (20) que o pertencimento à União Europeia e à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é "pedra angular" da política externa do país.
A declaração foi dada em Bruxelas, durante a despedida do premiê para os representantes diplomáticos italianos na Bélgica, na UE e na Otan, em meio à controvérsia gerada por posicionamentos de Silvio Berlusconi alinhados ao Kremlin.
"O pertencimento à União Europeia e à Otan é pedra angular de nossa política externa. O mercado único, a união monetária e a aliança atlântica são o melhor modo de reforçar nosso peso no mundo, impulsionar nossa economia de maneira sustentável e garantir nossa segurança", disse Draghi.
"Compartilhamos plenamente os valores europeus e transatlânticos e queremos continuar a reforçá-los", acrescentou o primeiro-ministro, que está em Bruxelas para sua última reunião do Conselho Europeu.
O premiê deve dar lugar na semana que vem à líder de extrema direita Giorgia Meloni, que promete manter o apoio à Ucrânia na guerra contra a Rússia e o alinhamento com a UE e a Otan.
No entanto, Berlusconi, que integra a coalizão de Meloni, disse que retomou relações com Vladimir Putin e que o presidente russo foi "pressionado" a entrar em guerra por causa do suposto aumento dos ataques ucranianos contra Donetsk e Lugansk.
As declarações provocaram críticas da oposição e criaram uma saia justa para a futura premiê, que tenta afastar os temores na Europa de uma deriva pró-Rússia em seu governo. (ANSA)
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