(ANSA) - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, fez um apelo nesta terça-feira (25) para a Itália "fazer mais" pela Ucrânia, alvo de uma invasão russa desde 24 de fevereiro.
"Estou satisfeito que a Itália mantém o seu apoio, mas agora apelo aos aliados, também à Itália, para que sejam responsáveis e façam mais, a Ucrânia precisa de ainda mais suprimentos para repelir a agressão de [Vladimir] Putin", declarou ele em entrevista ao canal "Tg3".
Apesar do apelo, Stoltenberg agradeceu a ajuda do governo italiano e de outros aliados da Otan, reforçando que "não podemos deixar Putin vencer a guerra", porque seria "uma catástrofe para a Ucrânia e uma mensagem perigosa" para todos.
Durante a entrevista, o líder da Otan também parabenizou a nomeação de Giorgia Meloni como primeira premiê mulher da Itália.
"A Itália é membro fundador, dá um forte apoio ao pacto atlântico, por isso saúdo a clara adesão de Meloni ao pacto", acrescentou Stoltenberg, lembrando da "mensagem que vem do governo na linha de ajuda à Ucrânia para poder se defender".
"Mal posso esperar para colaborar", enfatizou.
Questionado sobre quem poderá ser seu sucessor quando o seu mandato expirar daqui a um ano, o norueguês afirmou que está "completamente focado" nas suas responsabilidades como secretário da Otan, em particular no desafio da Ucrânia.
"Deixo que outros comentem e decidam quem será meu sucessor", respondeu ele sobre a hipótese do ex-premiê italiano, Mario Draghi, ser eleito para liderar a aliança. (ANSA).