(ANSA) - A exclusão da Rússia de uma reunião internacional da Iniciativa de Segurança de Proliferação (PSI), que está sendo presidida pela Itália, voltou a causar críticas de Moscou a Roma - e vice-versa - nesta quarta-feira (26).
O grupo está reunido na capital italiana para debater questões relacionadas ao desarmamento e a proliferação de armas nucleares.
"A Itália gravemente violou o seu mandato de presidente [...] e consideramos essa ação de Roma como hostil. Isso é um novo ataque provocatório contra a Rússia", disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Moscou, Maria Zakharova, à agência Tass.
A representante ainda afirmou que os italianos "romperam com a confiança" de Moscou e que nenhum documento que sair do encontro deve ser considerado.
No entanto, a Farnesina rebateu as acusações e disse que "a decisão de não envolver especialistas russos na sessão atualmente em andamento em Roma foi tomada em acordo com os principais países participantes da Iniciativa".
Além disso, informou que os russos foram avisados "com antecedência" sobre a suspensão e que as críticas são apenas um "pretexto" para provocar uma crise.
"A exclusão foi motivada não apenas pela brutal agressão à Ucrânia, mas também por conta de um comportamento sempre mais polarizador e não cooperativo", acrescenta a nota do ministério italiano.
Os italianos lembraram que em 2014 e 2015, por conta da invasão russa da Crimeia e do início dos conflitos no Donbass ucraniano, os russos também haviam sido excluídos de fóruns semelhantes.
Por conta da guerra da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, a Itália se tornou uma das principais vozes dentro da União Europeia na defesa de Kiev e na imposição de sanções econômicas, financeiras e políticas contra Moscou.
Em diversas ocasiões, os russos atacaram os italianos por conta de sua postura e, mesmo que um novo governo tenha tomado posse, a nova premiê, Giorgia Meloni, já afirmou que não mudará a linha adotada contra a Rússia. (ANSA).