União Europeia

Otan é indispensável para defender valores comuns, diz Meloni

Premiê ainda reforçou posição italiana em prol da Ucrânia

Redazione Ansa

(ANSA) - A nova premiê italiana, Giorgia Meloni, conversou por telefone com o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, nesta quinta-feira (27) e reforçou que a aliança é "indispensável para defender a segurança e os valores comuns que caracterizam a identidade ocidental".

Segundo nota divulgada pelo Palácio Chigi, Meloni ainda "reafirmou o pleno apoio à Ucrânia contra a agressão russa e a importância, na ótica de uma aproximação global, de reforçar o compromisso da Otan no combate às ameaças de diversas naturezas provenientes de todas as direções estratégicas, incluindo do sul" da Europa.

A primeira-ministra ainda pontuou que quer encontrar "de maneira rápida e presencial" Stoltenberg assim que possível. Meloni assumiu o cargo no último sábado (22).

Por meio do Twitter, Stoltenberg informou que teve "uma boa conversa telefônica" com Meloni. "A Itália é um aliado comprometido, fazendo sólidas contribuições para nossa dissuasão e defesa, e fundamental para o apoio dos aliados à Ucrânia. A Otan não será intimidada ou dissuadida em apoiar a autodefesa da Ucrânia - pelo tempo que for necessário", escreveu.

As falas da nova premiê seguem a linha adotada por seu governo de manter as políticas de seu antecessor, Mario Draghi, no que se refere ao apoio italiano a Kiev na guerra iniciada pela Rússia em fevereiro.

No entanto, novamente, um de seus aliados voltou a causar polêmica ao falar em um tom pró-Rússia - assim como tinha ocorrido com Silvio Berlusconi antes mesmo da posse. Agora, o tema foi falado pelo líder da bancada da Liga no Senado, Massimiliano Romeo.

"As declarações do senador italiano refletem sua opinião pessoal. A premiê Giorgia Meloni articulou claramente qual é a posição da Itália: a necessidade de continuar a apoiar a Ucrânia até o fim contra a agressão russa e o direito indiscutível dos ucranianos de determinar o próprio futuro. Em quase todos os países, porém, há políticos que querem agradar [Vladimir] Putin", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, Oleg Nikolenko, aos site Unian.

Diferentemente de seus aliados mais próximo, a nova primeira-ministra italiana sempre se declarou abertamente a favor da Ucrânia e contrária à Rússia na guerra. (ANSA).
   

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