(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra do país, Giorgia Meloni, participaram nesta sexta-feira (4) de uma cerimônia no Altar da Pátria, em Roma, pelo dia da União Nacional da Festa das Forças Armadas.
Não houve discurso no local, mas Mattarella publicou uma mensagem endereçada ao ministro da Justiça, Guido Crosetto, por ocasião da data em que alertou para a necessidade de preservação da paz.
"A paz é um valor a ser cultivado e preservado e, mais do que nunca, vendo a atual agressão iniciada pela Federação Russa contra a Ucrânia, nos chama à responsabilidade de testemunhar concretamente as nossas convicções, destacando a necessidade de presidir, com os nossos aliados, os princípios nos quais se baseiam a cooperação internacional", escreveu o mandatário.
Diretamente aos militares, Mattarella destacou que o dia era para "prestar honras às Forças Armadas que, com a sua dedicação e a sua contribuição, permitiram que a Itália se tornasse um Estado unido, livre e democrático".
"O 4 de novembro nos lembra, com renovada comoção, as muitas vidas perdidas durante os ásperos confrontos da Primeira Guerra Mundial, um conflito que lacerou e devastou a Europa inteira. Foi uma grande prova para muitos, vindos de todos os cantos do país, irmanados sob o Tricolor, com coragem e heroísmo que levaram ao cumprimento do sonho de ressurgir e reconduzindo Trento e Trieste para nossa nação", acrescentou ainda.
Já Meloni falou com jornalistas ao fim da cerimônia e ressaltou que "esse é um momento que une e que nos une a todas as pessoas que para nos defender e para a nossa credibilidade, se sacrificaram".
Após a cerimônia em Roma, Mattarella foi para outra celebração pela data, mas desta vez na cidade de Bari, na região da Puglia, e voltou a defender a importância da paz.
"Nós nos acostumamos com a paz. A Europa unida foi, por 70 anos, o antídoto mais forte aos egoísmos e nacionalismos. Diversas gerações nasceram e cresceram em um continente que parecia ter cancelado não só a palavra guerra, mas talvez perdeu a sua memória", afirmou o mandatário.
"Depois, inesperadamente, a guerra, a tragédia da guerra, reapareceu em nosso continente. E aconteceu por conta da miserável e inaceitável agressão que a Rússia começou contra a Ucrânia e o seu povo. Desde o fim de fevereiro se combate e se morre no coração da Europa", acrescentou. (ANSA).