União Europeia

Meloni debate direitos humanos com presidente do Egito

Giulio Regeni foi morto no país em caso ainda sem solução

Redazione Ansa

(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta segunda-feira (7) com o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, e debateu a questão dos direitos humanos, além de um caso emblemático: o assassinato, em 2016, do pesquisador Giulio Regeni.

Segundo a nota oficial do Palácio Chigi, Meloni e Sisi discutiram, por cerca de uma hora, sobre "fornecimento energético, fontes renováveis, crises climáticas e migração" e sobre "a forte atenção" do governo italiano para o caso de Regeni e também do estudante egípcio Patrick Zaki, da Universidade de Bologna, que ficou meses preso no Cairo antes de retornar para a nação europeia.

A informação também foi confirmada pelo porta-voz da Presidência do Cairo, Bassam Radi, à ANSA. "O encontro abordou a questão do estudante italiano Regeni e da cooperação para chegar à verdade e obter justiça", disse sem dar mais detalhes.

A principal suspeita é de que o governo do Egito esteja envolvido no assassinato do jovem, ocorrido após abordagem de membros dos serviços secretos ao pesquisador no metrô do Cairo em 25 de janeiro de 2016.

Em julho, porém, a Corte de Cassação da Itália decidiu manter suspenso o julgamento em contumácia de quatros agentes dos serviços secretos do país que são acusados formalmente pelo Ministério Público de Roma de sequestro qualificado, homicídio qualificado e lesões corporais qualificadas.

Relações diplomáticas

Radi ainda informou que Meloni "afirmou a vontade da Itália de reforçar a cooperação bilateral com o Egito, de uma maneira que abra horizontes construtivos e realize os interesses comuns dos dois países e dos povos amigos".

Já Sisi ressaltou que "o Egito considera a Itália e o continente europeu como um pilar de segurança e estabilidade no Oriente Médio e no Mediterrâneo" e que pediu para a premiê italiana "dar um novo impulso" às relações entre as duas nações.

Meloni está na cidade de Sharm el-Sheik para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP27, e teve encontros bilaterais também com os premiês do Reino Unido, Rishi Sunak, e da Etiópia, Abiy Amed, e com o presidente de Israel, Isaac Herzog. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it