(ANSA) - A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, se reuniu nesta quarta-feira (9) com representantes dos principais sindicatos do país e garantiu "total abertura e respeito" para diálogo entre as partes e defendeu uma aliança para conter a crise energética.
"Sempre reconhecemos a importância do diálogo com os parceiros sociais. A nossa abordagem é de total abertura e respeito. Para onde este confronto nos levará dependerá da abordagem e disponibilidade de cada um de nós", disse Meloni, segundo fontes no Palazzo Chigi.
Durante o encontro, Meloni enfatizou que a Itália enfrenta "o momento mais difícil da história da República e isso exige uma responsabilidade adicional de todos" na qual "todos raciocinem no mesmo sentido: a defesa do interesse geral".
Para ela, "a prioridade das prioridades é o trabalho, a grande criticidade italiana", tendo em vista que o país "tem uma das mais baixas taxas de emprego do Ocidente, um dos índices mais baixos de emprego feminino, uma das mais altas taxas de trabalho não declarado".
"Estamos no meio de uma crise social internacional, estamos saindo de uma pandemia, há uma crise energética em curso, aumento dos custos das matérias-primas, inflação próxima de 10%, salários em sua maioria inadequadas, aposentadorias de hoje baixas, e as futuras correm o risco de serem inexistentes", explicou Meloni, de acordo com fontes sindicais.
De acordo com a líder da extrema direita, "os recursos do Plano Nacional de Reformas (PNR) destinados às infraestruturas energéticas foram cerca de 5% dos recursos totais".
"Precisamos estabelecer quais são as prioridades e esta é uma questão estratégica que me interessa em relação a uma aliança para a segurança energética que se torna, no nosso caso, não só uma questão de segurança e independência, mas também de estratégia que pode ser uma das nossas escolhas mais felizes", acrescentou Meloni.
A premiê italiana também lembrou que o país "tem uma tributação sobre o trabalho que é um grande freio, juros que voltam a subir. Enfim, não é uma situação fácil que encontramos, mas vamos enfrentá-la".
Na reunião, o secretário-geral da União Italiana do Trabalho (UIL), Pierpaolo Bombardieri, questionou Meloni sobre "a taxação dos décimos terceiro para dar alívio aos empregados e pensionistas e, em seguida, de tributar os aumentos contratuais e os decorrentes da negociação de segundo nível e, novamente, reduzir a carga fiscal".
Por fim, Meloni explicou que "em duas semanas liberamos 30 bilhões de euros para acalmar e cobrir o custo das contas". (ANSA).