União Europeia

Itália prevê chegada de 10 mil ucranianos no inverno

Itália prevê chegada de 10 mil ucranianos no inverno

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, disse nesta quarta-feira (16) que existe o temor de que pelo menos 10 mil ucranianos possam buscar refúgio no país durante o inverno no hemisfério norte.

"É compreensível que os países do Leste estejam nervosos, a guerra já dura meses e também está deixando os civis de joelhos. Estou muito preocupado com esses bombardeios", declarou o italiano, acrescentando que isso pode provocar a chegada de migrantes ao país para superarem o inverno.

Crosetto ressaltou ainda na gravação do programa "Porta a Porta", da Rai, que "a situação é muito clara: criar 'migrantes de inverno' porque não terão possibilidade de se aquecer".

"Fala-se de milhões de pessoas que podem precisar deixar a Ucrânia, de 7 a 10 milhões segundo os mais pessimistas. É uma situação que gera nervosismo, irritação e ódio", enfatizou.

Recentemente, um assessor da presidência ucraniana alertou a população a se preparar para passar o inverno com falta de energia, água e aquecimento, principalmente em meio aos bombardeios russos contra infraestruturas energéticas da Ucrânia.

O presidente Volodymyr Zelensky, inclusive, chegou a denunciar que, com a aproximação do inverno, "30% das centrais elétricas ucranianas foram destruídas, causando apagões maciços em todo o país.

Durante a entrevista, o ministro da Defesa da Itália chegou ainda a afirmar que "os russos estão com problemas e precisam reconstruir a logística, precisam treinar novos soldados e fazer rodízio de pessoas e para isso usam ataques aéreos". Além disso, enfatizou que "um momento de fraqueza pode ser o momento certo para buscar o diálogo".

Sobre um possível avanço ucraniano em direção à Crimeia, Crosetto respondeu que "os ucranianos agora têm problemas de defesa, os russos estão tentando destruir o sistema de energia que lhes permite aquecer e com essas temperaturas, o aquecimento é a diferença entre a vida e a morte". Para ele, a melhor forma de os ucranianos se defenderem, é atacar". (ANSA).
   

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