União Europeia

Morre Roberto Maroni, ex-ministro do Interior da Itália

Político tinha 67 anos e lutava 'contra grave doença'

Roberto Maroni lutava contra 'grave doença' há anos

Redazione Ansa

(ANSA) - Morreu nesta terça-feira (22), aos 67 anos, o político italiano Roberto Maroni, do partido ultranacionalista Liga, informou sua família.

Ao longo da longa carreira, o "leghista" foi ministro do Interior por duas vezes (1994-1995 e 2008-2011), ministro do Trabalho (2001-2006) e governador da região da Lombardia (2013-2018). Também foi deputado entre 1992 e 2013.

"Essa madrugada, às 4h, nosso querido Bobo nos deixou. Para quem lhe perguntava como ele estava, também nos últimos momentos, sempre respondeu: 'Bem'. Era assim, um otimista incurável. Você foi um grande marido, pai e amigo", informaram os familiares em uma nota nas redes sociais.

As primeiras informações apontam que ele faleceu em sua casa em Varese, ao lado dos parentes mais próximos, local onde permaneceu desde o agravamento de uma doença que estava lidando - que não foi informada pela família. Desde 2021, quando desistiu de tentar ser prefeito de sua cidade, Maroni se afastou da política para passar pelo tratamento.

"Grande secretário, super ministro, ótimo governador, leghista sempre e para sempre", escreveu o atual secretário da Liga, Matteo Salvini, nas redes sociais.

A premiê italiana, Giorgia Meloni, afirmou estar "profundamente atingida" pela morte de Maroni. "Um amigo, um político inteligente e capaz que serviu às Instituições com bom senso e concretude. O governo exprime condolências e proximidade às famílias e aos seus entes queridos nesse momento difícil", afirmou a primeira-ministra - que tem a Liga entre os partidos de seu governo.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, do Força Itália (FI), também se manifestou e afirmou que o político "foi um protagonista da política italiana". "Cumpriu com grande senso de Estado cargos muito importantes. Defendeu sempre com coragem as suas ideias. Rezo por sua família nesse momento de dor", pontuou.

A morte de Maroni também foi lamentada por adversários políticos, que ressaltaram a "inteligência" do representante da Liga.

"Um homem de grande garbo e inteligência política que sempre trabalhou com o máximo respeito às Instituições que foi chamado a representar. Uma pessoa do bem", escreveu a líder dos senadores do Partido Democrático (centro-esquerda), Simona Malpezzi.

O ex-premiê e atual líder do Itália Viva (centrista), Matteo Renzi, disse que "foi bom te conhecer, e foi bonito ser seu adversário, mas colaborando sempre".

Também de centro-esquerda, o prefeito de Milão, capital da Lombardia, Giuseppe Sala, afirmou que "além de protagonista de uma longa temporada política", Maroni sempre "foi um amigo".

"Nós nos consultamos, confiamos, às vezes, disputamos. Com a confiança e o respeito que devem existir quando se acredita na amizade. Você fará falta para mim e muitos outros", acrescentou. (ANSA).
   

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