(ANSA) - O Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat) publicou um relatório preliminar nesta quarta-feira (23) em que aponta que as políticas públicas e as medidas pró-família adotadas pelo governo do país, sob liderança de Mario Draghi, devem reduzir a pobreza e a desigualdade em 2022.
Os índices usados pelo Istat mostram que as diferenças entre ricos e pobres caíram de 30,4% para 29,6% e que o risco de pobreza caiu de 18,6% para 16,8%.
O Instituto divulgou algumas das principais medidas adotadas que provocaram grandes efeitos.
A reforma no Imposto de Renda de Pessoas Físicas (Irpef), o pagamento do auxílio único e outras intervenções de auxílio emergencial reduziram o risco de pobreza para famílias com filhos menores e casais (queda de 4,3 pontos percentuais) e de pais de um filho só (-4,2%).
Para famílias de uma pessoa só a queda foi de 2,1% e para os idosos com mais de 65 anos que vivem sozinhos a retração foi de 1,3%. Nesses dois cenários, as ajudas que mais impactaram foram os benefícios únicos e a antecipação de uma reavaliação das aposentadorias. Nas famílias sem filhos ou só com filhos adultos, o risco de pobreza permaneceu invariável e com leve aumento, respectivamente.
O auxílio único determinou sozinho uma redução do risco de pobreza de 3,8 pontos percentuais para os jovens até 14 anos, de 2,5 para os que têm 15 a 24 anos, e de 2,4 para os que têm entre 35 e 44 anos. Se for considerado o benefício mais a reforma do Irpef, a reavaliação das aposentadorias e os demais bônus, o risco reduziu em todas as faixas etárias a partir dos 24 anos.
Para lidar com os efeitos econômicos provocados pela pandemia de Covid-19, da alta inflação e da crise alimentar e energética com a guerra na Ucrânia, o governo de Draghi - que se encerrou em no fim de outubro - enviou para o Parlamento uma série de medidas econômicas para ajudar as famílias em dificuldades. (ANSA).