(ANSA) - Um deslizamento de terra atingiu a cidade de Casamicciola Terme, na ilha italiana de Ischia, na manhã deste sábado (26).
De acordo com o ministro da Infraestrutura e dos Transportes da Itália, Matteo Salvini, o incidente deixou pelo menos oito pessoas mortas, mas o prefeito da província de Nápoles, Claudio Palomba, afirmou que ainda não há nenhuma vítima confirmada até o momento.
"São oito as mortes certificadas pelo deslizamento em Ischia", garantiu Salvini, acrescentando que os socorristas "trabalham em condições difíceis". Cerca de uma hora depois, Palomba deu outra versão. "Até o momento, não temos mortes confirmadas", disse o prefeito provincial, acrescentando que a área da tragédia será evacuada.
Já a premiê Giorgia Meloni declarou que está em contato com o ministro da Defesa Civil, Nello Musumeci, e com o governo da região da Campânia, onde fica Ischia. "O governo expressa solidariedade aos cidadãos e aos prefeitos da ilha e agradece aos socorristas empenhados na busca por desaparecidos", ressaltou a primeira-ministra.
Por sua vez, o ministro da Defesa, Guido Crosetto, determinou a intervenção das Forças Armadas para ajudar nas operações de resgate. Devido à divergência sobre mortes, o número de desaparecidos ainda é incerto, mas o último balanço oficial fala em pelo menos 13 pessoas sumidas em Casamicciola.
Além disso, cerca de 30 famílias, totalizando aproximadamente 100 indivíduos, estão isoladas dentro de suas casas sem água nem energia, uma vez que o deslizamento obstruiu as vias de acesso.
"Uma dezena de imóveis desabou", disse Giacomo Pascale, prefeito de Lacco Ameno, município vizinho a Casamicciola. Já o padre Gino Ballirano, pároco em uma igreja na ilha, contou à ANSA que está tentando chamar pessoas desaparecidas, mas sem sucesso.
O diretor do Observatório Vesuviano do Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV), Mauro di Vito, destacou que existe o risco de novos deslizamentos, uma vez que a região deve continuar registrando chuvas nas próximas horas.
Um relatório divulgado há uma semana pela ONG Legambiente mostra que o número de eventos climáticos extremos na Itália entre janeiro e outubro aumentou 27% em relação ao mesmo período do ano passado. (ANSA)
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