(ANSA) - O Ministério Público de Nápoles abriu uma investigação sobre possíveis alertas ignorados antes do deslizamento de terra que matou oito pessoas e deixou quatro desaparecidas em Casamicciola Terme, no sul da Itália, no último sábado (26).
A medida chega após a revelação de que o ex-prefeito de Casamicciola Giuseppe Conte notificou autoridades competentes em 22 de novembro sobre graves riscos para a população ligados à instabilidade hidrogeológica nos morros do município em dias de chuvas intensas.
Segundo Conte, foram alertados o prefeito da cidade metropolitana de Nápoles, Gaetano Manfredi, e a Defesa Civil da região da Campânia. "Era necessário que os cidadãos fossem avisados para ir embora porque era perigoso", afirmou o ex-prefeito nesta terça (29), em entrevista à emissora Rai Tre.
O Ministério Público também vai investigar a situação das construções afetadas pelo deslizamento, uma vez que a ilha de Ischia, onde fica Casamicciola Terme, tem um longo histórico de obras abusivas em áreas de risco.
Enquanto isso, as equipes de socorro seguem em busca de quatro pessoas desaparecidas, operações que podem ser afetadas pela chuva prevista para terça e quarta-feira.
Os quatro indivíduos com paradeiro desconhecido são Valentina Castagna e Gianluca Monti, pais de três filhos mortos na tragédia; Salvatore Impagliazzo, companheiro de Eleonora Sirabella, também vítima do deslizamento; e uma mulher de 31 anos cujo nome não foi divulgado.
As buscas acontecem até na área portuária de Casamicciola, a 4,5 quilômetros de distância do local da tragédia, uma vez que corpos podem ter sido arrastados até o mar.
O governo de Giorgia Meloni declarou estado de emergência na ilha de Ischia e destinou 2 milhões de euros para as primeiras necessidades. (ANSA)
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