(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, se reuniu na tarde desta sexta-feira (2) com a primeira conselheira da embaixada italiana em Atenas, Susanna Schlein, cujo carro foi incendiado nesta madrugada.
"Vim aqui à Embaixada para manifestar minha solidariedade e a do governo com a conselheira Schlein, vítima deste brutal atentado. Felizmente não houve vítimas e ela foi salva por um milagre, mas a sua presença na embaixada tranquilizou-me, achei-a serena", declarou o chanceler em Atenas.
Tajani agradeceu ainda os diplomatas italianos "que demonstraram grande seriedade e determinação em um momento difícil" e reforçou o apoio do governo ao povo grego.
"O ataque noturno é inacreditável, mas a amizade do povo grego é mais forte que a violência dessa gente", enfatizou o ministro durante encontro com seu homólogo Nikos Dendias em Atenas, após a tentativa de assassinato de Schlein.
De acordo com ele, estes ataques "não nos assustam e não nos amedrontam. Pelo contrário, queremos estreitar as relações entre Roma e Atenas. Temos a mesma história, a mesma identidade".
Para Tajani, os encontros com Dendias e com o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, "servem para estreitar as relações bilaterais que já são excelentes, mas poderemos fazer mais a nível econômico, dentro da UE, também para enfrentarmos juntos a grande questão da imigração".
Durante esta madrugada, Schlein foi acordada pela explosão em seu carro e ainda encontrou um coquetel molotov não detonado ao lado de outro automóvel. O primeiro veículo ficou completamente destruído.
"Minha família ainda está muito abalada com o terrível risco que corremos ontem à noite. Foi completamente inesperado. Agora devemos olhar para frente e não ter medo, contando com a ação do judiciário italiano e grego identificar os responsáveis", declarou a diplomata, acrescentando que recebeu muitas mensagens de solidariedade.
Por fim, Schlein agradeceu "a premiê italiana, Giorgia Meloni, e a Tajani, com quem teve a oportunidade de falar em Atenas, bem como a todos os meus colegas da Farnesina e do pessoas que expressaram sua proximidade comigo". (ANSA).