União Europeia

Ativistas jogam molho de tomate no corpo em ato pelo clima na Itália

Ativistas protestaram na Pinacoteca de Bolonha após deslizamento em Ischia

Redazione Ansa

(ANSA) - Cinco ativistas do movimento 'Última geração' realizaram neste sábado (3) uma manifestação contra a crise climática na Pinacoteca Nacional de Bolonha, capital da região da Emilia-Romagna, no norte da Itália.

O protesto ocorreu pouco antes do meio-dia (horário local), na galeria de arte na via Belle Arti, onde o grupo chegou à sala na qual está exposta a tela "Massacre dos Inocentes", do pintor italiano Guido Reni.

No local, dois jovens derramaram um líquido vermelho nos próprios corpos para representar o "sangue das vítimas inocentes do colapso climático".

Já os outros três ativistas colaram, em uma parede ao lado da pintura, uma imagem da cidade de Casamicciola Terme após o deslizamento de terra que matou ao menos 11 pessoas, com a legenda "Massacre dos inocentes" e os nomes das vítimas do desastre. Na mesma parede, o grupo também escreveu "Ischia, Governo Italiano 2022".

Segundo uma investigação inicial dos carabineiros de Bolonha, os manifestantes entraram na Pinacoteca pagando regularmente o bilhete. Depois de manchar a parede com escritos, relatando também os nomes de algumas vítimas que perderam a vida em Ischia, eles se borrifaram com molho de tomate e, cada ativista, colou uma mão no chão com cola.

A polícia italiana interveio e identificou todos os manifestantes, que são provenientes de diferentes regiões da Itália e vão ser denunciados. Todo o material utilizado no ato foi apreendido pelas autoridades.

Em nota, os ativistas assumem a responsabilidade pelo gesto e explicam que "os pedidos do movimento são para parar imediatamente a reabertura das centrais a carvão desativadas e cancelar o projeto de novas perfurações para a procura e extração de gás natural".

Além disso, eles querem o "aumento da energia solar e eólica em pelo menos 20 GW este ano e a criação de milhares de novos empregos em energia renovável, ajudando os trabalhadores da indústria de combustíveis fósseis a encontrar empregos mais sustentáveis". (ANSA).
   

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