União Europeia

Itália registra aumento no número de diagnósticos de câncer

O câncer diagnosticado com mais frequência foi o de mama

Redazione Ansa

(ANSA) - O número de diagnósticos de câncer na Itália está aumentando em comparação ao registrado em 2020: até o fim deste ano são estimados 390.700 novos casos, um crescimento de 14,1 mil em dois anos, revelou a Associação Italiana de Oncologia Médica (Aiom) nesta segunda-feira (19).

O estudo - "Os números do câncer na Itália em 2022" - é divulgado após os rastreios de prevenção serem retomados no país na fase pós-pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2) e faz um alerta principalmente sobre o estilo de vida incorreto da população italiana.

Entre as preocupações do Ministério da Saúde da Itália estão o sobrepeso, que atinge 33% dos adultos; a obesidade, 10%; o sedentarismo, que chega a 31%; e o tabagismo, hábito de 24% dos cidadãos.

De acordo com os dados, o câncer diagnosticado com mais frequência em 2022 foi o de mama, um total de 55,7 mil casos (+0,5% em relação a 2020), seguido do câncer colorretal, que chegou a 48,1 mil casos (+1,5% em homens e +1,6% em mulheres).

Na sequência aparece o câncer nos pulmões, com 43,9 mil casos (+1,6% em homens e +3,6% em mulheres), e na próstata, com 40,5 mil diagnósticos (+1,5%).

Os especialistas apontam que "a pandemia de Covid-19 levou à queda de novos diagnósticos em 2020, em parte ligada à interrupção dos exames, mas hoje assistimos a uma recuperação dos casos de câncer como em outros países europeus".

Eles alegam que o quadro corre o risco de se agravar se não forem feitas mudanças nos estilos de vida incorretos, além de lembrarem dos atrasos assistenciais acumulados durante a pandemia, apesar da retomada dos programas de prevenção secundária e cirurgia em estágio inicial.

"Os dados marcam um momento de aceleração principalmente em sentido pejorativo no que diz respeito aos fatores de risco comportamentais. É um número que não pode deixar de causar preocupação se considerarmos que 40% dos casos e 50% das mortes por câncer podem ser evitados intervindo nos fatores de risco evitáveis, especialmente nos estilos de vida", alertou o ministro da Saúde, Orazio Schillaci.

Para Saverio Cinieri, presidente da Aiom, o estudo "convida cada vez mais a fortalecer as ações para combater o atraso no diagnóstico e promover a prevenção secundária e, sobretudo, primária, atuando no controle dos fatores de risco a partir do tabagismo, obesidade, sedentarismo, alcoolismo e necessidade de promover a vacinação contra infecções conhecidas por causar câncer, como o HPV".

A boa notícia, porém, é que, em 2021, os programas de rastreamento voltaram aos níveis pré-pandêmicos, principalmente para exames de mamografia, para o câncer colorretal e cervical.  (ANSA).
   

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