(ANSA) - Em uma reunião entre autoridades sanitárias e governos da União Europeia, o bloco informou que os Estados-membros estão sendo "fortemente encorajados a introduzir para todos os passageiros que partem da China o pedido de um teste anti-Covid efetuado não mais de 48 horas antes da partida" do país.
A decisão, anunciada nesta quarta-feira (4) após dois dias de debates, está entre as medidas aprovadas pelo Mecanismo Integrado Europeu de Resposta às Crises (IPCR) e comunicadas pela presidência da Suécia - líder rotativo do bloco.
Além dos testes, "os países-membros concordaram em recomendar que todos os viajantes de e para a China usem máscaras de proteção do tipo PFF2".
O texto ainda pede que as nações ainda reforcem as análises do esgoto "em locais onde estão previstas escalas dos voos vindos da China" e que façam "testes de amostragem" nos passageiros dessas viagens - sejam chineses ou não.
Outra recomendação é que os governos da UE "continuem a promover as vacinações, incluindo as doses de reforço e, em particular, nos mais vulneráveis".
O IPCR informou que, em parceria com o Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC) e com o Serviço de Ação Externa, "continuará a monitorar a situação epidemiológica e os desenvolvimentos da situação na China, incluindo o compartilhamento de dados, com o objetivo de assegurar a coordenação no interior da UE".
Os países-membros ainda concordaram em fazer uma nova reunião de atualização sobre o tema na metade do mês de janeiro.
As medidas anunciadas visam criar uma uniformidade de decisões entre as nações do bloco, já que países como Itália, França e Espanha anunciaram a exigência de um teste anti-Covid na chegada de todos os passageiros vindos da China. Agora, a orientação é que todos passem a exigir o exame antes da saída das pessoas do território chinês.
A decisão veio mesmo após Pequim considerar como "inaceitáveis" as exigências de testes e de ameaçar tomar "contramedidas" sobre o assunto.
A mudança especificamente veio após a China mudar os cálculos de contágios e de mortes pela doença. A alteração fez com que a média de casos, segundo o portal Our World in Data, passasse de cerca de 35 mil contaminações diárias para zero, já que os boletins pararam de ser publicados.
Portais britânicos de monitoramento chegam a falar em centenas de milhares de casos por dia, mas é impossível checar as informações de maneira correta. Por isso, muitos países da Ásia e, depois, da Europa, passaram a exigir os testes como forma de tentar impedir a disseminação da doença. (ANSA).