(ANSA) - O presidente da Itália, Sergio Mattarella, expressou toda sua indignação pela repressão aos protestos civis e as execuções de pessoas que participaram de manifestações ao receber as credenciais do novo embaixador do Irã em Roma, Mohammad Reza Sabouri, em cerimônia nesta quarta-feira (11).
"O presidente Mattarella expressou, em uma breve conversa, a firme condenação da República Italiana e a sua indignação pessoal pela brutal repressão das manifestações e pela condenação à morte e execuções de muitos manifestantes", diz uma nota do Palácio Quirinale.
Mattarella pontuou que o respeito da Itália por qualquer país do exterior e por suas instituições encontra um "limite intransponível" quando os direitos humanos são pisoteados e pediu que o regime "coloque fim imediatamente fim à violência contra a população".
Essa não é a primeira vez que Mattarella, assim como outros expoentes do governo italiano, como a premiê Giorgia Meloni e o ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, condenam as ações tomadas pelo Irã contra a população.
Desde setembro, o país enfrenta manifestações civis por conta da morte da jovem Mahsa Amini, 22 anos, que faleceu sob custódia da chamada polícia da moral e bons costumes. Ela havia sido detida porque não usava o véu islâmico corretamente.
Segundo ONGs locais, mais de 500 pessoas já morreram nos atos e cerca de 19 mil foram presas - sendo que quatro já foram executadas pelo regime. (ANSA).