União Europeia

Italiano faz acordo em investigação de corrupção no Parlamento UE

Panzeri pegará pena de 1 ano e ressarcirá 1 milhão de euros

Panzeri concordou em ajudar a Justiça em investigação em Bruxelas

Redazione Ansa

(ANSA) - O ex-eurodeputado italiano Antonio Panzeri fechou um acordo com a justiça de Bruxelas e começou a colaborar na investigação sobre o escândalo de corrupção que atinge o Parlamento Europeu e o Catar, informou a Procuradoria belga nesta terça-feira (17).

Segundo as informações oficiais, por colaborar com o caso, o italiano pegará um ano de prisão em regime fechado, pagará "uma multa e o confisco de todos os bens adquiridos até agora, estimados em 1 milhão de euros".

"Um dos principais protagonistas do caso, Antonio Panzeri, assistido por seus advogados, firmou um memorando com o procurador federal [...] no que tange os suspeitos que se arrependem", diz a nota do órgão, ressaltando que o italiano se comprometeu a "dar declarações substanciais, reveladoras, verídicas e completas na questão do envolvimento de terceiros e, se for o caso, da própria participação nos atos".

No depoimento já dado, Panzeri confirmou que ele e Giorgi Francesco, assessor do grupo parlamentar Socialistas & Democratas (S&D) e marido da ex-vice-presidente do Parlamento Eva Kaili, atuavam "em uma iniciativa de lobby e buscavam parlamentares que estivessem disponíveis a apoiar certas posições em prol do Catar".

Sobre o belga Marc Tarabella, que ainda é eurodeputado, o italiano afirmou que ele foi recompensado "mais de uma vez" com valores que totalizam "entre 120 mil euros e 140 mil euros" e que começaram a ser pagos há cerca de dois anos.

Já sobre o eurodeputado italiano Andrea Cozzolino, o ex-parlamentar citou o nome, sem falar se foram pagos subornos.

Panzeri, Giorgi e Kaili estão presos desde 9 de dezembro quando os policiais belgas fizeram 16 ações de busca e apreensão. Já Tarabella e Cozzolino estão enfrentando um processo de perda de imunidade parlamentar dentro do órgão e ambos se declaram inocentes. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it