(ANSA) - O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dimitri Medvedev, atacou neste sábado (28) o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, por ter dito que a eventual chegada de tanques russos em Kiev significaria o início da Terceira Guerra Mundial.
"Não há muitos tolos nas estruturas de poder europeias, mas o ministro da Defesa italiano definiu o fornecimento de veículos blindados e outras armas à Ucrânia como forma de evitar a Terceira Guerra Mundial. Um raro excêntrico", escreveu o ex-primeiro-ministro russo no Telegram.
De acordo com Medvedev, "se uma Terceira Guerra Mundial estourar, eles não salvarão os tanques ou mesmo os caças.Certamente tudo estará em ruínas".
Ontem, o ministro da Defesa da Itália disse, durante um evento em Roma, que "a terceira guerra mundial começaria no momento em que os tanques russos chegassem a Kiev e às fronteiras da Europa".
Para Crosetto, "garantir que eles não cheguem é a única maneira de impedir uma Terceira Guerra Mundial". Em sua publicação, Medvedev também discordou dos britânicos que "insistem no fato de que todos os armamentos que a Otan tem à sua disposição devem ser fornecidos a Kiev 'imediatamente', como se essa fosse a única maneira de evitar a expansão russa e uma nova guerra mundial".
"O que esperar de um empresário com ensino superior incompleto e de seus vizinhos de mente fraca, que na pandemia ficaram chapados mesmo no local de trabalho, localizado no número 10 da Downing Street. O espírito de W. Churchill teria ficado satisfeito com seus sucessores", concluiu o russo.
Por sua vez, Crosetto rebateu as críticas de Medvedev e disse que, “se é tolice ajudar uma nação atacada, como a Ucrânia, a defender sua existência, ele “é tolo”.
"Se os russos não buscavam uma vitória total, mas apenas o fim das hostilidades e a restauração da legalidade internacional, que são o único objetivo do governo italiano e de minha atuação como ministro, bastaria pôr fim às hostilidades e sentar-se à mesa da paz. Só assim, e imediatamente, tudo cessaria”, declarou o italiano.
Segundo ele, “tanto a guerra como a ajuda militar da Itália e de outros países que apenas ajudam um Estado atacado a defender-se de um Estado agressor” acabariam se houvesse negociação de paz.
Moscou ameaça intensificar seus ataques ao país vizinho devido à promessa de Estados Unidos e Europa de abastecer o Exército ucraniano com tanques de guerra, algo que ainda não aconteceu desde o início da guerra.
Em entrevista à Rádio Svoboda, o secretário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia, Oleksii Danilov, disse hoje que a Rússia prepara uma nova onda de ataques contra a Ucrânia para 24 de fevereiro, exatamente um ano após o início da invasão.
Nesse sentido, nos últimos dias, as forças armadas russas testaram as capacidades de defesa da Ucrânia perto de Zaporizhzhia.
Danilov acrescentou ainda que o objetivo da Rússia é expandir as fronteiras" dos oblasts orientais de Donetsk e Luhansk.
Segundo ele, os próximos meses serão muito difícil para a Ucrânia" porque a Rússia intensificará suas ofensivas, enquanto Kiev “aguarda as tão necessárias entregas de armas recentemente prometidas pelos aliados ocidentais".
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