União Europeia

Itália deve enviar armas de defesa aérea para Ucrânia

Ministro ainda disse que há 'pouco espaço' para conversas de paz

Rússia tem intensificado ataques com mísseis na Ucrânia nos últimos meses

Redazione Ansa

(ANSA) - O próximo pacote de ajuda militar da Itália à Ucrânia, que ainda está sendo debatido pelo governo de Giorgia Meloni, deverá incluir "provavelmente" várias "armas de defesa contra os ataques com mísseis russos", informou o ministro da Defesa, Guido Crosetto, em entrevista ao jornal "Financial Times" nesta quarta-feira (1º).

"A Itália responderá aos pedidos da Ucrânia nos limites de suas possibilidades e dos meios que têm à disposição. Daremos tudo o que podemos dar sem colocar em risco a defesa italiana - e a Ucrânia e os nossos aliados ficarão felizes", disse o titular da pasta.

A fala vem dois dias depois da França e da Itália anunciarem a conclusão de um acordo para a fabricação de mais 700 mísseis antiaéreos Aster, de médio alcance, para o sistema de defesa aérea Samp-T. O modelo foi um dos solicitados pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, aos dois países.

Questionado sobre a postura do partido Irmãos da Itália (FdI), que assumiu o governo em outubro do ano passado, de manter a linha adotada pelo ex-premiê Mario Draghi, Crosetto afirmou que a visão atual da sigla e de Meloni é de que agora há pouco espaço para conversas de paz por conta da Rússia não parar com a agressão.

"Se parássemos de ajudar a Ucrânia, provavelmente, e não sei em quanto tempo, a Rússia conquistaria toda a Ucrânia. Nós teríamos tanques russos nas fronteiras com os países europeus. Ao invés de buscar a paz, a Rússia aumentou suas tropas e os seus tanques", pontuou ainda.

Crosetto ainda elogiou o chanceler alemão Olaf Scholz no envio de tanques Leopard 2, mesmo que a decisão tenha demorado a acontecer porque "cada país deve ter o tempo necessários para um processo democrático para tomar decisões".

No entanto, quando perguntado sobre a recuperação de territórios ocupados por Moscou, o ministro demonstrou certo pessimismo de que tudo que foi tomado volte a fazer parte do governo de Kiev.

"Acredito de [Vladimir] Putin está disposto a sacrificar todos os seus jovens homens para não sair de onde não saiu até agora", pontuou.

O Parlamento italiano aprovou recentemente que as ajudas militares para os ucranianos devem ser mantidas até o fim de 2023, autorizando o governo a elaborar novos pacotes de envio de equipamentos para a defesa de Kiev. (ANSA).
   

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