(ANSA) - A Guarda Costeira da Itália encontrou oito pessoas mortas, incluindo uma mulher grávida, a bordo de um barco de migrantes que fazia a perigosa travessia do Mediterrâneo Central.
A embarcação foi socorrida por um barco de patrulha na área de busca e resgate de Malta na última quinta-feira (2) e chegou na ilha italiana de Lampedusa, porta de entrada para deslocados internacionais na União Europeia, nesta sexta (3).
O barco transportava 42 migrantes provenientes de países como Mali, Costa do Marfim, Guiné, Camarões, Burkina Fasso e Níger, além de oito corpos, sendo cinco de homens e três de mulheres, uma delas em gravidez avançada.
Segundo os sobreviventes, as vítimas morreram de fome e frio durante a travessia, que iniciara na costa de Sfax, na Tunísia, na madrugada do último sábado (28). Outras duas pessoas estão desaparecidas.
De acordo com testemunhas, uma das mulheres mortas carregava no colo um recém-nascido, que acabou caindo no mar. Já um homem foi parar na água após ter desmaiado enquanto se sentava na borda do barco.
Inicialmente, investigadores haviam dito que a mulher estava viva e havia jogado o recém-nascido na água por achar que o pequeno estava morto, e que o homem se lançara no mar para salvar o bebê, mas depois o Ministério Público de Agrigento esclareceu que essa versão se devia a "incompreensões" na tradução.
Os migrantes estavam sem comer havia dias e já tinham começado a beber água do mar.
"Faço um apelo à primeira-ministra Giorgia Meloni. O governo não pode nos deixar sozinhos para gerir essa tragédia. Ajudem-nos", disse o prefeito de Lampedusa e Linosa, Filippo Mannino.
De acordo com o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 4,9 mil migrantes forçados via Mediterrâneo em 2023, aumento de 63,5% na comparação com o mesmo período do ano passado. (ANSA)
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