União Europeia

Itália apoia tribunal para julgar crimes de guerra da Rússia

Covas de vítimas da guerra na cidade de Bucha

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, declarou nesta segunda-feira (13) que o governo italiano não irá se opor se existir um tribunal para julgar os crimes de guerra perpetrados pela Rússia na guerra na Ucrânia.

"Matar a população indefesa é um crime de guerra e nós veremos como intervir aí: se existe um tribunal ad hoc, não somos contra", disse o chanceler italiano durante participação em evento na Universidade Luiss de Roma.

De acordo com Tajani, a Itália nunca enviou "armas para atacar o território russo e nunca declarou guerra à Rússia".

"Temos um problema com a liderança, não com o povo. Se a liderança viola as normas do direito internacional só podemos ter apenas uma posição: condenação das violações do direito, dos crimes de guerra, da violência", acrescentou.

O chanceler italiano reforçou ainda que o governo da premiê Giorgia Meloni tem um posicionamento claro sobre a situação na Ucrânia.

"Nós estamos do lado do direito internacional, da liberdade da Ucrânia, da Europa, da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do Ocidente. Mas esperamos que esta guerra chegue ao fim, e só terminará se a Ucrânia não for derrotada, porque senão não seria uma paz, mas uma rendição", disse ele.

Por fim, Tajani ressaltou que "é por isso que devemos apoiar o país e convencer a Rússia por todos os meios, encorajando a China e a Turquia, de que este não é o caminho".

"Investimos fortemente na defesa da Ucrânia, não só enviamos armas como tentamos ajudar a população civil", concluiu.

No próximo dia 24 de fevereiro, a invasão russa ao território ucraniano completará um ano. Recentemente, inclusive, autoridades de Kiev alertaram para o risco de um grande ataque do regime de Vladimir Putin na data. (ANSA).
   

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