(ANSA) - O navio Geo Barents, da ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF), atracou nesta sexta-feira (17) no porto de Ancona, na região central italiana de Marcas, com 48 pessoas a bordo - incluindo nove menores de idade.
Todos foram resgatados em operações no Mar Mediterrâneo e, segundo a organização, nenhuma das pessoas apresentava problemas sérios de saúde. Apenas três deram positivo para a Covid-19 e estão sendo atendidas por um posto médico no próprio porto.
A Prefeitura de Ancona informou que os 39 adultos serão acolhidos em Centros de Acolhimento Extraordinário (CAS) da região de Marcas e, dos nove menores, sete irão para o Sistema de Acolhimento e Integração (SAI) de Ancona e dois irão para Abruzzo.
Os dados iniciais apontam que 47 homens e jovens na embarcação têm origem egípcia e um veio da Eritreia.
Novamente, um dos líderes do MSF, Juan Matias Gil, criticou o governo de Giorgia Meloni por estar indicando portos distantes dos locais de resgate, aumentando o tempo em que os migrantes precisam passar no mar.
"Mais uma vez nos mandaram para Ancona, a mais de 1,5 mil quilômetros do resgate, com tantos portos antes e com tantas coisas que acontecem no mar. Essa é uma clara consequência das medidas que o governo está tomando, mandando nós para cá, outros para Ravenna, Civitavecchia, a centenas de quilômetros do que é aceitável. Essa política tem um custo em termos de vidas humanas", disse Gil.
O decreto de lei para as ONGs que resgatam migrantes, que está sendo aprovado no Congresso, já recebeu várias críticas internacionais, inclusive das Nações Unidas. (ANSA).