(ANSA) - O navio Life Support, da ONG Emergency, atracou neste domingo (19) em Civitavecchia, no centro da Itália, com 156 pessoas socorridas no Mar Mediterrâneo, incluindo 28 menores de idade desacompanhados e duas mulheres, uma delas mãe de três filhos entre sete e 10 anos.
Os migrantes são provenientes de diversos países da Ásia e da África, como Bangladesh, Camarões, Chade, Costa do Marfim, Egito, Eritreia, Gâmbia, Guiné, Mali, Nigéria, Paquistão, Senegal e Sudão.
Muitos deles foram mantidos como prisioneiros na Líbia, país onde iniciaram a travessia do Mediterrâneo, e foram vítimas de violências no país africano. "Hoje é o primeiro dia da minha vida", comemorou Iusef, um dos náufragos socorridos pela Emergency.
Ele, no entanto, foi separado de seu irmão mais novo na Líbia e não sabe seu paradeiro. Já o adolescente nigeriano Keda viajou sozinho por dois anos antes de chegar à Itália.
"Sabia que ninguém me ajudaria e que eu deveria cuidar de mim mesmo. Penso muitas vezes nos meus pais, que ficaram na Nigéria, e sinto uma responsabilidade enorme. Minha família fez enormes sacrifícios para me fazer chegar aqui, e agora é minha vez de fazer o mesmo por eles", disse o jovem.
Após a conclusão do desembarque, a Emergency já anunciou que iniciará uma nova missão de resgate no mar na próxima quarta-feira (22).
De acordo com o Ministério do Interior, a Itália já recebeu 9.254 migrantes forçados via Mediterrâneo em 2023, cifra quase 120% maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. (ANSA)
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