União Europeia

Itália alerta que guerra russa ameaça estabilidade internacional

Chanceler italiano participou de Conselho de Segurança da ONU

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou nesta sexta-feira (24) que a invasão russa à Ucrânia é uma "ameaça à segurança e a estabilidade internacional".

A declaração foi dada pelo italiano ao Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia em Nova York, onde relançou a necessidade de uma "zona franca" ao redor da usina de Zaporizhzhia, a renovação do acordo sobre os grãos e uma reforma do próprio conselho envolvendo outros países.

"A agressão ilegal e injustificada da Rússia não é apenas uma clara violação da carta da ONU e uma ameaça à segurança e estabilidade internacional, mas também causa uma interrupção sistemática dos canais de abastecimento com múltiplas consequências que afetam amplamente os países mais vulneráveis do hemisfério sul", declarou Tajani.

De acordo com o chanceler italiano, "os ataques da Rússia são inaceitáveis e devem ser interrompidos imediatamente". "Não somos contra os cidadãos russos, mas a favor da democracia, da liberdade e das regras internacionais", acrescentou ele, invocando uma "paz justa".

Mais cedo, o Conselho de Segurança da ONU respeitou um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra na Ucrânia, por ocasião do primeiro aniversário da invasão russa. A homenagem foi feita a pedido do chanceler ucraniano, Dmytro Kuleba.

Por sua vez, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reforçou sua mensagem sobre o conflito, destacando que a guerra é uma "violação flagrante da Carta das Nações Unidas e do direito internacional".

O diplomata português pediu novamente para o regime de Vladimir Putin retirar suas tropas do território ucraniano, tendo em vista que esta pode ser "a pior guerra desde o início do século", com consequências trágicas e impactos globais imprevisíveis.

Já a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, reforçou que "paz deve significar paz". "Não que ignoremos quem é o agressor e quem é a vítima. Não nomear o agressor significaria aceitar um mundo onde escolas são bombardeadas, onde pessoas são mortas enquanto dirigem uma bicicleta", concluiu. (ANSA).
   

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